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CAPÍTULO XIV
Wangji acomodou-se na poltrona e puxou Wuxian para o colo.
- Você nunca imaginou por que foi solto de Cidade sem Noite, meu bem?- No início, pensei tratar-se de um engano, mas tive medo de perguntar ao superintendente ou a você.
Cheguei a conjeturar várias hipóteses. Na verdade, o motivo não tinha importância comparado à minha felicidade de estar livre e poder ficar com Yanli.Suas últimas palavras o fizeram sorrir. Tinha agido bem ao se esforçar para reunir mamã e filha. Ambos precisavam um do outro.
- Wuxian , recebi uma carta. Aliás, era para você. Mas, como estivesse longe, eu a abri. Tente entender e me perdoe, pois foi a sua salvação. Quero que você a leia.
Estendeu a mão e pegou um dos papéis amassados na mesinha. Reconheceu-o por estar velho. Alisou-o como pôde e o entregou ao ômega, que ainda tremia como uma folha ao vento. Depois de estudar o papel por um instante, Wuxian murmurou:
- Esta é a caligrafia de Qiren.- Correto. Pela aparência, a carta foi escrita muito tempo atrás, mas apenas chegou aqui na primavera passada - explicou Wangji .
Wuxian levantou o olhar e o fitou por alguns segundos. Depois, baixou-os e começou a ler a carta. Aos poucos, foi empalidecendo. Quando terminou a leitura, murmurou:
- Meu Deus, será verdade? Todos aqueles anos fugindo...- Você não cometeu o crime. Não existe mais razão alguma para se desprezar. Não matou ninguém. Não leu a confissão do seu tio?
Tudo que Wangji desejava era libertar Wuxian dos fantasmas atormentadores.
- Mas como Qiren pôde me garantir que eu tinha matado Haiukan? Ele me encontrou escondido na minha cabine. Alguém lhe contou ter ouvido gritos na cabine de Haiukan, e ele, então, foi lá para ver o que estava acontecendo.
Encontrou Haiukan morto. Depois de me forçar a falar o que eu tinha feito, me ajudou a fugir do barco.
- Sem dúvida Qiren entrou lá e, como Haiukan não tivesse morrido com a sua pancada na cabeça, os dois brigaram. Talvez por causa da maneira rude do seu marido tratá-lo.
- Não. Deve ter sido por causa de dinheiro. O meu tio nunca tinha o suficiente - queixou-se Wuxian.
Estremeceu como se não conseguisse entender a verdade.
- Se eu jamais puser as mãos em Qiren... - Wangji começou, mas terminou praguejando por entre os dentes.- A minha vida toda foi baseada em mentiras. Venho fugindo da minha culpa e achando que não merecia ser feliz. Como alguém, do meu próprio sangue, pôde me fazer tanto mal?
- Não sei, meu bem. Se ao menos Qiren tivesse se manifestado durante o seu julgamento...
- Ah, mas então, seria forçado a enfrentar a justiça por causa do assassinato de Cheng, e duvido muito que ele tivesse coragem para tanto.
Wangji lembrou-se de como Wuxian , naquela ocasião, havia mantido um silêncio de pedra no tribunal.
Apenas respondia, quando indagado, que era inocente da morte de Cheng. Na época, ele ficara perplexo. Agora, entendia. Wei Wuxian possuía um profundo senso de moral e de justiça. Como havia escapado, por algum tempo, de ser julgado pela morte de Haiukan, da qual se imaginava culpado, ele achara justo ser punido pelo seu suposto crime.- Wangji ?
Distraído, ele roçou o queixo no topo da sua cabeça.
- Sim, meu bem?- Existe alguma coisa errada nessa confissão - Wuxian comentou depois de reler a carta.
- O quê?
- Qiren admite ter matado Haiukan, mas quanto a Jiang Cheng...
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Entre o amor e a Lei
FanfictionA LEI HAVIA COMETIDO UM ERRO China 1889 Arrancado do lado da filha e encarcerado, o ômega Wei Wuxian pensara que a vida havia chegado ao fim. Porém quis o destino que fosse solto. Mas que tipo de liberdade era aquele que a prendia ao homem que jur...