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CAPÍTULO VIII

No meio da tarde, Wangji voltou finalmente à Yunmeng. No instante em que abriu a porta da frente, viu o rosto sorridente de Yanli. Pegou-a no colo e sentiu a fragrância delicada de água-de-colônia.

- Você está com um cheirinho tão bom - elogiou.
O sorriso de Yanli desapareceu e ela o fitou com expressão de dúvida.
- Mamã passou a água de um vidro em mim. Você gostou?

- Muito.
Wangji beijou-a no rosto e riu ao vê-Ia ficar arrepiada.

- Então está bem? Você não se importa que mamã penteie meus cabelos e ponha essa água em mim?

Ele observou o olhar inocente da menina. Entristecia-se ao perceber o quanto ela desejava gostar do mamã, mas, ao mesmo tempo, como continuava desconfiada. Embora ele ainda tivesse dúvidas sobre Wuxian, por alguma razão não queria que a menina as tivesse também.

- Doçura, fico muito contente quando ele faz essas coisas boas para você - afirmou, sorrindo.

- Ainda bem, porque gosto muito disso tudo. Agora, tio Wangji, me leve até a sala para a gente ver a visita para o mamã.

- Visita? - Wangji indagou, tentando não demonstrar surpresa.

Acomodou Yanli nos ombros e deu uma volta pelo vestíbulo. Enquanto isso, ela contou em voz baixa, como se revelasse um segredo:
- Sabe, o homem lá na sala disse que também podia ser chamado de tio. Mas eu não quis.

- Tio?!

Wangji lembrou-se da assinatura da carta. Teria o tio misterioso de Wuxian aparecido ali? Uma onda de raiva o dominou. O desgraçado podia ser tão atrevido a ponto de entrar na mansão depois de ter deixado o ômega pagar pela morte de Haiukan?

Determinado a expulsar o homem dali, mesmo que fosse preciso usar de força, Wangji entrou na sala. Parou ao ver Wen Chao sentado em frente de Wuxian e saboreando uma xícara de chá.

- Lan Wangji, prazer em vê-Io outra vez - Chao disse ao levantar-se e pôr a xícara na mesinha ao lado.

- Boa tarde, Chao. Já voltou de Qinghe? Ou não foi?

- Ainda não, mas ainda pretendo ir.

Wangji olhou para Wuxian. Ele parecia uma pessoa completamente diferente da que havia lhe feito a mente rodopiar nessa manhã. Estava com uma calça de linho vinho elegante, uma camisa de tonalidade branca com as mangas dobradas até o cotovelo. As olheiras tinham quase desaparecido e eletinha um leve rubor faces. Os cabelos curtos  estavam mais brilhantes .
Wangji caiu em si. A troco de que prestava atenção no que ele vestia e na sua aparência mais descansada?

- Chao veio até aqui me cumprimentar e me dar boas-vindas - ele contou com um sorriso amável para o visitante. Em seguida, dirigiu um olhar frio para Wangji. - Tenho certeza de que ele será o único habitante de Yunmeng a ter um gesto tão simpático.

- Tolice, Wuxian - disse ele ao se aproximar e dar-lhe um tapinha na mão. - Dê tempo ao tempo, meu caro. As pessoas acabarão aceitando-o novamente - ele afirmou numa voz que, na opinião de Wangji, era um tanto açucarada.

- Duvido muito, mas obrigada por tentar fazer com que eu me sinta melhor. Você foi sempre um bom amigo, tanto de Cheng quanto meu.

Wuxian tornou a olhar para Wangji e, seguida, observou a filha, que continuava sentada nos ombros dele.
Existia um forte laço afetivo entre os dois. A maneira confiante com que a menina segurava-se nele provocou-lhe uma pontada de ciúme.

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