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CAPÍTULO XII
Wuxian tentava andar sem fazer barulho. Para afugentar o medo, aventara a hipótese de Wangji querer passar umas horas de privacidade. Nesse caso, não desejava perturbá-lo. Depois do incidente na Yiling, não queria que ele o acusasse de espioná-lo.
Quanto mais avançava, seguindo as pegadas de Wangji, mais forte o cheiro de poeira se tornava. Como não ventasse, Wuxian imaginava o que a provocava. Passou a língua pelos lábios e sentiu o gosto acre e saibroso da terra.
Chegou a uma área onde a poeira permanecia no ar como uma cortina grossa. Tinha coloração amarronzada de sujeira. A única vez em que tinha visto algo semelhante fora quando Cheng o havia levado a uma das minas pequenas a fim de assistir a uma explosão.
Wuxian tropeçou em alguma coisa. Apesar da pouca luz e visibilidade, olhou para baixo.
Piscou sem acreditar no que via. Um braço, o de Wangji, projetava-se de uma pilha de pedras.
Como louco, atirou-se sobre elas a fim de removê-las. Pesadas e ásperas, elas lhe cortavam as mãos e quebravam as unhas. O sangue corria pelos dedos, porém, ele não se importava.Concentrava-se apenas em removê-las.
- Ele tem de estar vivo. Deus todo-poderoso, não permita que ele tenha morrido - murmurava sem parar, numa oração fervorosa, enquanto tirava as pedras uma a uma.Quando terminou, curvou-se sobre Wangji para verificar se ele ainda respirava. Sim. Graças ao bom Deus, estava vivo. Mas então, Wuxian viu as costas da camisa de couro de gamo, pois ele estava de bruços.
Manchas de sangue a marcavam. Milagrosamente, o rosto, meio de lado, não fora atingido, mas havia um calombo imenso atrás da cabeça. Com esforço, Wuxian conseguiu levantar a camisa a fim de verificar a gravidade do ferimento nas costas.
Com uma dor lancinante, descendo dos ombros para as costas, Wangji começou a recobrar os sentidos.
Ainda atordoado, ouviu a voz nervosa de Wuxian.
- Eu o queria fora da vida de Yanli, mas não deste jeito. Meu Deus, por misericórdia, não deixe que ele morra.- Estou tão mal assim? - ele perguntou, abrindo um olho.
- Você está vivo! - Wuxian murmurou com um suspiro de alívio.
- Não precisa se mostrar tão satisfeito com isso - resmungou ele ao tentar se erguer.
- Cuidado! Você está ferido - Wuxian o advertiu.
- Pensa que não sei?
- Então, pare de tentar se levantar. O que aconteceu?
- Explique você - disse ele enquanto se esforçava para se virar de costas e lutando contra ondas de dor excruciante que acompanhavam cada movimento.
- Como eu poderia saber o que aconteceu? - protestou o ômega ao vê-lo erguer-se um pouco.
Wangji sentiu a cabeça rodopiar e a vista escurecer, mas conseguiu se sentar.
- Alguém provocou a explosão e fugiu no início do deslizamento das pedras. Eu vi a sombra dessa pessoa.- E daí?
- Pensei que fosse você. As palavras dele tiveram o impacto do malho na bigorna.
- O diabo que o carregue, Lan Wangji! Espero que você queime para sempre no inferno! - Wuxian praguejou em voz exaltado. - O que mais quer de mim? Já tem minha filha e minha casa. Quer também minha sanidade mental?
- O que está insinuando? - ele perguntou ao passar a mão atrás da cabeça e encontrar o calombo duro e dolorido.
- Começo a desconfiar que você está fazendo tudo isso a fim de me levar a pensar que fiquei louco. Pois não fiquei! - declarou Wuxian, furioso.
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Entre o amor e a Lei
FanficA LEI HAVIA COMETIDO UM ERRO China 1889 Arrancado do lado da filha e encarcerado, o ômega Wei Wuxian pensara que a vida havia chegado ao fim. Porém quis o destino que fosse solto. Mas que tipo de liberdade era aquele que a prendia ao homem que jur...