𝐑𝐔𝐍𝐍𝐈𝐍𝐆 𝐀𝐆𝐀𝐈𝐍𝐒𝐓 𝐓𝐈𝐌𝐄.

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𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐀 𝐃𝐀𝐓𝐄' 𝖮𝗅𝗅𝗂𝖾 𝖡𝖾𝖺𝗋𝗆𝖺𝗇

𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀 𝐈𝐒𝐀𝐁𝐄𝐋, 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐

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𝐌𝐀𝐑𝐈𝐀 𝐈𝐒𝐀𝐁𝐄𝐋, 𝗉𝗈𝗂𝗇𝗍 𝗈𝖿 𝗏𝗂𝖾𝗐

HAVIA QUEBRADO O meu pé.

Fazia umas duas ou três horas que havia chegado no hospital, e desde então passei por uma bateria de exames extensa e cansativa.

E agora, deitada na maca do hospital, esperando o ortopedista terminar de imobilizar meu pé com o gesso, até meu pai comprar a bota robofoot e eu ser liberada daquela bota de cimento para usá-la, amaldiçoava Julieta continuamente.

Ela era a culpada daquilo.

Sua vontade de acabar com minha vida havia funcionado, afinal de contas. Conseguiu me fazer ter que cancelar meus trabalhos das próximas oito semanas, apesar de minha empresária ter conseguido esclarecer o motivo pelo qual cancelei e estar tentando negociar por um trabalho para depois que me recuperar.

Mas eu também era a principal autora da minha infelicidade neste exato momento. Fui eu quem beijou Mason, não Julieta. Ela não me obrigou nem armou para mim.

Sabotei a mim mesma, e agora estou agonizando por causa disso.

Maria Catalina estava ali comigo, sentada na poltrona, comendo seu chocolate, conversando com Paul através de mensagens. Ela, entretanto, parecia um pouco diferente da hora que chegamos. Estava mais cabisbaixa, ansiosa — seu pé batia contra o chão freneticamente e mordia a unha do indicador.

Meu pai havia saído há pouco, dizendo que iria comprar um cappuccino para mim na cafeteria ao outro lado da rua.

—— Só esperar mais uns quarenta minutos e estará liberada para ir embora, Srta. Romero. —— O médico sorri amigável, grudando alguns pedaços de esparadrapo para segurar a faixa que havia colocado acima do gesso. —— Vou te encaminhar para um ortopedista especificado em tornozelo e pé, ele a acompanhará em sua recuperação. O retorno é com certa urgência, então está agendado para dia 24, segunda-feira, apenas para ele retirar as faixas e analisar antes de começar a usar a bota.

Sorrio, concordando com o que falou.

Ele logo sai.

—— Me mata. —— Jogo minha cabeça no travesseiro fino, resmungando.

—— Poderia ser algo pior. —— Minha irmã larga o celular na poltrona, se aproximando da maca. Ela sorri, compreensiva. —— Como você está?

Suspiro.

—— Pergunta sobre o que, especificamente? —— Empurro meu corpo um pouco mais para cima, me aconchegando no suporte elevado.

Maria Catalina me olha com a resposta explícita em seu rosto.

𝐎𝐍𝐋𝐘 𝐀 𝐃𝐀𝐓𝐄' 𝖮𝗅𝗂𝗏𝖾𝗋 𝖡𝖾𝖺𝗋𝗆𝖺𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora