Fake Girlfriend - sariette [Revisando]

Capítulo 52 - É hora da família

Narrador Point Of View

Alguns anos depois...

Juliette terminava de arrumar a mochila de sua filha. Sim, filha. Luna havia completado o ciclo para finalmente estar cem por cento confortável com ela mesma.

- Gabriel Freire de Andrade, quantas vezes eu já disse pra largar esse celular e ajudar sua mãe? - Sarah diz. Agora Gabriel já nos seus doze anos, já tinha o sobrenome Andrade.

- Eu ajudei! - O menino fala sem tirar os olhos do celular, mas logo sente a presença de Sarah a sua frente. - Ah! Qual é, mãe?! - Diz e a loira estende a mão.

Mesmo contrariado, Gabriel entregou o celular na mão dela. A loira suspirou ao ver o filho virando o rosto com um enorme bico nos lábios, Biel nunca havia dado trabalho como estava dando naqueles dias, e o pior era que ele não se abria nem com a irmã. Juliette olhou a cena e respirou fundo, teria uma conversa com o menino assim que chegasse em casa.

Porém a conversa ficou para depois. Assim que abriram a porta da casa, todos do grupo gritaram animados e uma pequena Ruby correu para abraçar as pernas de Luna. A garota não sabia se chorava com todo o apoio que sempre recebeu, ou se comemorava com Matheus e Milena, seu melhores amigos.

Juliette não conseguiu conversar com seu filho pelos próximos dias. O garoto sempre dava um jeito de se esquivar da conversa com as mães e, claro, ele sempre usava a desculpa de que a semana de prova estava próxima e que precisava estudar.

Era quarta, final de tarde, quanto Sarah recebeu uma ligação depois de sair de uma exaustiva reunião. Suspirou cansada e foi até à escola de Gabriel, a diretora havia ligado para a loira pedindo para que comparecesse assim que possível no colégio. Gabriel havia aprontado. Quando chegou fez o, já tão conhecido, cominho até a sala da diretora, não que o menino tivesse aprontado antes, mas as outras vezes quem foi até o local, foi Juliette, geralmente para ouvir elogios a Gabriel.

- Que bom que veio logo, senhora Andrade. - A diretora fala assim que Sarah entra em sua sala. Gabriel estava sentado no sofá da sala da mulher, com uma expressão de raiva no rosto.

- É Freire de Andrade, diretora Haley. - Sarah senta em uma das cadeiras a frente da mesa da mulher. - Então, o que aconteceu?

- Gabriel bateu em dois meninos hoje. - A mulher fala presumindo odiaria ter seu tempo gasto com alguma coisa que não fosse para ganhar dinheiro.

- Como? Acho que não entendi. - A loira olha rápido para Gabriel, que só vira o rosto quando a mãe o encarou. - Você disse que meu filho bateu em dois meninos? -  A mulher assente - E o que os garotos fizeram? Gabriel não tomaria uma atitude dessas se não tivesse um motivo forte.

- Ele não quis contar. - Haley responde e Sarah respira fundo - Infelizmente terei que dar dois dias de suspeição a Gabriel.

— É só isso? - Pergunta e a diretora assente - Ótimo. - Levanta da cadeira - Gabriel, vamos embora! - O garoto prontamente sai da sala, sabendo que a mãe daria um sermão na diretora - Diretora Haley, se quer um conselho... Preste atenção em todos os alunos. - A mulher encara Sarah sem saber o que falar - Não é a primeira vez que Gabriel se queixa de estarem o importunando. - Se inclina para ficar mais próxima da mulher - Agora, se você prefere tapar os ouvidos para as reclamações dos alunos porque um ou dois são filhos de empresários que patrocinam os times, saiba que eu posso acabar com isso em menos de um dia casa eu queira. - E então sai da sala.

No carro, Gabriel não dizia uma só palavra. A loira percebeu que ele mexia na mão direita, a mão que ele certamente havia usado para bater.

Em casa, o menino foi até à cozinha para colocar gelo em seu mão, logo sendo seguido por Sarah.