Capítulo 58

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Estava nervosa... Tinha medo do que iria acontecer, não medo mas algo parecido, apesar de não precisar me preocupar... Era algo novo...

— Calma Milena, vai dar tudo certo. O rei te ama com todas suas forças é só você ir lá e aceitar o que ele te propõe. — Maya coloca suas mãos leves e macias em meus ombros.

— Tome senhorita, isso vai te acalmar.—  Uma das empregadas me serviu um chá de camomila em uma xícara de cerâmica branca.

Embas estavam me ajudando com os últimos preparativos do casamento.

— Obrigada — Falo antes de beber o chá.

— Agora vai lá, tem um rei a tua espera. — Maya me conduziu até o jardim do castelo.

Respirei fundo e fechei os olhos aos poucos fui me acalmando então dei permissão para que anunciasse a minha entrada.

Um jardim repleto de flores brancas e amarelas, bancos de madeira enfileirados um atrás do outro formando assim um corredor onde no mesmo havia petalas de variadas flores e grãos de milho simbolizando a fartura que o a união de nossas almas trará para o povo do reino. No final do mesmo corredor um pequeno altar onde havia o padre e os padrinhos, meus olhos procuravam freneticamente Lawrence. Meus olhos que já estavam cheios de lágrimas encontrou quem tanto procura, um homem de terno branco e gravata amarela, com seus lindos olhos azuis e sorriso branco feito neve, me olhando, admirando cada detalhe do vestido em que cobria meu corpo trêmulo, continuou reparando cada detalhe de minha feição e assim por diante. Tudo estava encantador, feito com amor e carinho... Estava... Perfeito!

A Música começou.

Um som leve de violino, juntamente a piano e talvez flautas, não consegui distinguir exatamente o som.

A cada passo a música se intensificava. E mais nervosa ficava. Assim que cheguei no altar entreguei a flores para alguém que não consegui ver o rosto... Estava tudo borrado, não conseguia ver nem se quer um palma em minha frente. Ouvia coisas distorcidas apenas uma palavra foi ouvida nitidamente.

— Milena! — Um grito ecoo pela última vez em meus ouvidos.

Após isso só senti meu corpo de chocar contra o gramado. Meu corpo havia adormecido misteriosamente, ainda tinha consciência mas não sentia toques muito menos ouvia algo. Via tudo embasado e as vezes branco...

Senti uma dor tremenda em meu peito e estômago... Foi quando perdi total consciência

Lawrence

— Milena! — Gritei indo em sua direção — Chamem o médico real! — Ordenei.

Ver seu corpo estirado no chão apenas com um olhar branco enquanto espumava saliva pela sua boca provocou um grande alvoroço dentre os convidados... principalmente a mim... Muitos dos convidados saíram correndo com medo ou algo do tipo, os demais criaram uma roda ao nosso redor.

Não demorou muito para que Alan chegasse. Ele examinou Milena mas não pode dizer o que a garota tinha.

— Aparentemente o corpo dela adormeceu por completo, ela não pode enchergar nem ao menos ouvir — Fala olhando em meus olhos.

— Descubra o qu... Alan! — Direciono a cabeça de Alan para que olhasse para Milena.

Invez de sua saliva que saía em forma de espuma... Saía sangue... Escorria igual uma cachoeira... Seus olhos haviam se fechado por completo.

— Senhor, aparentemente ela perdeu total consciência! — Fala tentando ajudá-la.

Não consegui olhar para a cena e aos poucos fui me afastando do corpo... Igualmente aos convidados que logo saíram correndo provavelmente em direção as carruagem para tomar rumo a suas casa e castelos.

— Senhor! Encontramos resquícios de uma substância jogada pelo gramado. Perece veneno de cobra...

— Magia?! — Meu corpo que antes estava em transe agora despertou com a simples palavra que para mim era mortal.

Veneno... Veneno... Veneno. A mesma substância proibida de ser vendida a séculos depois da morte da minha bisavó. Usada agora só para matar roedores e pragas... Mas como isso veio parar aqui?! A menos que...

Cheguei próximo de um dos guardas e cochichei:

— Você sabe onde tem que ir! — Lhe virei de costas e dei um leve empurrão para que saísse o mais rápido possível ver.

Milena agora não espumava saliva nem mesmo sangue por sua boca, seus olhos continuavam fechados, sua pele pálida mas ainda se mantia viva... Eu acho...

— Senhor... Um dia é muito para ela — Ele informa fechando sua maleta.

Alan tinha feição abatida, assim como eu.

Me agacho diante a minha noiva que agora esta caída no gramado.

— Faça seu melhor... — Acaricio a bochecha fria de Milena.

— Torça para que não seja veneno, e se for melhor que tenha algo que possamos fazer — Alan saí da pequena capela sem olhar para trás mas com sua cabeça baixa.

  Coloquei a minha mão sobre a dela... Foi inevitável as lágrimas... Será que nunca vamos poder ser felizes?! — Soco o altar feito de madeira — Sem perceber o sangue começa a escorrer dentre meus dedos mas nada iria importar no momento... Nada...

Um vento gélido passou como uma rajada mas nada se móvel além de meus cabelos.

Foi possível escutar um susurro:

" Se a vida não fica mais fácil, trate de ficar mais forte."

A mesma voz que a vidente... A mesma voz que me disse que hoje seria um dia de flores... Ter minha noiva a beira da morte não são flores para mim...

Dou um segundo soco no altar e o mesmo se rompeu onde aceitei o soco.

Meu Gracioso Rei!Onde histórias criam vida. Descubra agora