Capítulo 4

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- Qual seu nome senhorita? - o rei falou com tom de frieza.

- Milena, senhor.

- Belo nome senhorita... Te trataram bem?

- Sim, senhor.

- Por favor, me chame de Lawrence.

- Nome bonito senh... Lawrence.

- Provavelmente seus pais te venderam... Como pagamento de dívidas certo? - Concordei com a cabeça e, Lawrence prosseguiu - Mas nossas tropas iriam atacar os guardas que te levava. O que não estava nos planos.

- Me desculpe seu Lawrence, mas não estou entendendo onde quer chegar - Falo com medo.

- Milena, você vai trabalhar para mim agora.

Não fiquei surpresa com sua decisão, mas não era aquilo que ele queria falar tinha certeza.

- Será uma honra seu Lawrence, mas queria saber dos meus irmãos... - Honra, trabalhar para um rei, me poupe, se não fosse um rei falava tudo que estava engasgado em minha garganta.

- Seus irmãos estão em boas mãos fique tranquila. Você poderá velos uma vez por semana...

- O quê? Uma vez por semana... Isso é injusto... Senhor, por favor... Não posso os perder... Não quero perder mais um irmão...

- Me desculpe senhorita Milena, no meu reino é assim que funciona. Fique feliz por ainda poder frequentar o castelo inteiro, mas claro, acompanhada de um guarda.

- Quero velos agora... - As lágrimas que saíam dos meus olhos começaram a se misturam com o sangue que ainda escorria pelo meu rosto.

- Claro. Aguarde aqui - Foi em direção a saída da sala.

Assim que ele saiu ouvi alguns gritos o que me fez ir para perto da porta, era ele gritando com um guarda.

- Tragam as crianças! - Essa voz parecia vir de Lawrence.

- Sim, senhor!

- Quem machucou a garota?! - Dessa vez a voz dele tinha ido de um tom autoritario para frio como se quisesse matar alguém - Chamem o médico oficial da realeza!

- Sim, senhor!

Voltei rapidamente para onde estava sentada, com medo que ele entrasse de repente, e assim aconteceu.

- Senhorita Milena, Você trabalhará em meu escritório.

- O que o senhor quer que eu faça?

- Sabe escrever? - Parecia debochar da minha cara.

Mesmo sendo normal receber essas perguntas eu não gostei, aliás poucas mulheres sabem escrever e ler.

- Sim, senh... Lawrence.

- Ótimo! Você será muito útil para mim. Ah... tinha esquecido de uma coisa... - Ele se sentou ao meu lado - Senhorita, Você não poderá enviar cartas há ninguém.

- Tudo bem senhor... Não há ninguém para mandar cartas além... Na verdade tem... -

- Quem senhorita Milena? - Ele me perguntou tirando o pano cheio de sangue de minhas mãos. - Talvez eu possa liberar...

- Uma amiga... Antes das guerras a família dela fornecia tecido para seu reino... - Falei baixo.

- Vou ver se posso lhe ajudar senhorita. - Falou de uma forma muito gentil - Vou te acompanhar até seu dormitório, onde estará seus irmãos.

[...]

- Meus anjinhos... - Comecei a chorar quando vi meus irmãos.

- Milenaaaa! - Maya falou enquanto corria para me abraçar.

Meu Gracioso Rei!Onde histórias criam vida. Descubra agora