CAPÍTULO 6 - A Lebre

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Após a partida de onde outrora foi seu lar, os Orcs percorreram uma certa distância passando pelos caminhos e matas já conhecidos, onde andaram por algum tempo até que enfim adentraram na região mais afastada e escura das matas conhecidas ao redor...

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Após a partida de onde outrora foi seu lar, os Orcs percorreram uma certa distância passando pelos caminhos e matas já conhecidos, onde andaram por algum tempo até que enfim adentraram na região mais afastada e escura das matas conhecidas ao redor das terras onde cresceram. Logo o morro que subia até uma caverna no sopé de uma pequena montanha surgiu diante de seus olhos, e então sem pensar duas vezes ali adentraram sem muitas dificuldades, pois já sabiam que se tratava da caverna onde sua mãe os encontrou a bons anos atrás.

Conforme se aprofundavam dentro da penumbra daquele ambiente, distante da luz do sol seus corpos sentiram todo o seu redor esfriar, a atmosfera da caverna era tenebrosa e úmida, só havia trevas naquele lugar, mas os Orcs não se importavam com esses detalhes e continuaram, e após poucas largas passadas enfim se depararam com as duas grandes ossadas postas em honra uma ao lado da outra.

- Bom... nossos pais prevalecem em paz pelo visto - falou Tēllōs enquanto olhava penosamente o que outrora havia sido duas grandes criaturas.

- Deveríamos ter trazido flores para eles - disse Mälldrō aos seus irmãos com um certo pesar.

- Acho que eles ficariam mais satisfeitos sabendo que estamos vivos do que com flores - comentou o mais velho dos irmãos.

- Não podemos ficar aqui prestando condolências pra sempre, ainda nem saímos das redondezas das terras de nossa mãe - afirmou Äntrōs aos seus irmãos percebendo que estavam com profunda tristeza em seus rostos.

Após prestarem um instante de silêncio aos restos do que a muito foram seus pais, os quatro andarilhos novamente saíram em jornada, e agora já iam distantes na floresta além das terras que costumavam ir, e assim andaram uma boa distância pela manhã, e avançaram muitas léguas até que o sol impotente em sua luz se pôs alto no céu. E então o meio dia havia chegado, e junto dele uma merecida pausa foi feita para almoçarem sob a sombra de uma grande árvore, que por sua amplitude já havia de estar lá muito antes de grandes reinos se erguerem. Eles não se deliciaram com nenhum banquete, mas comeram o suficiente da comida embalada que levaram para se satisfazerem. E então descansaram por alguns bons instantes naquele lugar, pois os agradou muito a luz tênue do sol que passava sutilmente através do farfalhar das folhas da grandiosa árvore, sob os frescos ventos do meio dia que acariciavam suas peles.

- Sendo bem honesto eu acho que essa árvore já é o meu lar - riu-se Mälldrō enquanto se aconchegava entre as raízes.

- Mas já desistiu de seguir a jornada irmão !? - falou Äntrōs em seu habitual tom de sarcasmo e divertimento.

- Oras ele ia ser bagagem a menos, não seria algo tão ruim - disse o caçula dos irmãos em meio a risos.

- O amor de vocês me comove seus desgraçados ! - gargalhou Mälldrō jogando um punhado de folhas que juntou com as mãos em Tēllōs e Äntrōs.

A Jornada Dos Quatro OrcsOnde histórias criam vida. Descubra agora