CAPÍTULO 16 - Proseando Com O Ego

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Na taverna do velho Brōnd o movimento enfim começava a amainar conforme a tarde passava, entretanto o número de pessoas no local continuava elevado, aquele era um dia bom para os negócios, a época pré período chuvoso sempre fazia o lugar lucrar, n...

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Na taverna do velho Brōnd o movimento enfim começava a amainar conforme a tarde passava, entretanto o número de pessoas no local continuava elevado, aquele era um dia bom para os negócios, a época pré período chuvoso sempre fazia o lugar lucrar, não somente a taverna do bom velho parrudo, mas todo o vilarejo desfrutava do fluxo atípico de pessoas que passavam por ali naquela época, pois muitos viajantes compravam grandes quantidades de suprimentos para o período que vinha pela frente. No entanto para Undrōs o tempo parecia não importar, ainda estava sentado conversando com seu suposto rival que mais parecia esnobar de cada palavra que saía de sua boca, porém o Fauno não conseguia esconder a atenção que suas orelhas equinas empenhavam para as palavras do Orc.

- E enfim foi dessa forma que eu e meu bando acabamos aqui - informou Undrōs.

- Eu só tinha perguntado de onde você havia surgido como uma peste, não queria saber da sua história de vida - falou Hēdrüs no seu habitual tom rude.

- Bom, ao menos agora posso dizer que você me conhece melhor... mas e quanto a você potro ?

- Não me chame assim maldito ! e o que tenho eu !?

- Me fale mais sobre você, já estou curioso a um bom tempo sobre sua pessoa - disse o Orc com a maior educação que conseguia empenhar, pois não desejava que a raiva de seu oponente crescesse naquele momento.

O Fauno manteve seus lábios selados por um instante como se pensasse bem se queria falar qualquer coisa com aquele ser diante de si, ou se apenas se levantaria e iria embora deixando a mesa e a conversa para trás, como já havia planejado algumas vezes durante o diálogo.

- Diga logo o quer saber - áspero falou enfim, para a surpresa do Orc, e de certa forma para sua própria surpresa.

- Que tal me falar de onde veio, onde é o seu lar ? - questionou Undrōs cuidadoso.

- Pelo visto você deve ser do tipo forte e burro - comentou Hēdrüs antes de prosseguir. - Sou um fauno, meu lar são as florestas, mas se quer saber onde nasci e onde cresci, foi nas florestas abaixo do grande paredão de montanhas muito a Oeste daqui, suponho que você saiba onde fica pelos seus mapinhas velhos.

- De fato sei onde é, então você veio daquelas bandas hmm... está bem longe de casa - disse o Orc após dar um bom gole no seu caneco de cerveja.

- Minha casa são as matas, será que estou conversando com a porra de uma porta !? - falou o Fauno após um suspiro de repúdio. - O que mais quer saber ? fale logo antes que eu perca o resto da minha disposição.

- Como sempre tão calmo quanto um incêndio - provocou o Orc. - Diga-me aonde pretende ir, já que a natureza é sua casa, certamente não vive nesse vilarejo.

- Finalmente entendeu algo básico ! Nenhum fauno grandioso vive em vilarejos, venho aqui quando busco por alguma diversão... E meu destino é incerto, se eu tivesse a pretensão de ir para qualquer lugar não te contaria.

A Jornada Dos Quatro OrcsOnde histórias criam vida. Descubra agora