Quatro irmãos Orcs e seus companheiros saem numa jornada mítica em busca de seus próprios caminhos e lares, marchando por terras onde nunca haviam ido, desenvolvendo seus interesses pessoais e passando por desafios em suas tragetórias, descobrindo s...
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Äntrōs
Que dia tedioso, nada parecia interessante naquela maldita tarde, eu estava andando pelas feiras do vilarejo buscando diversão mas tudo o que encontrava eram itens e comida para comprar, parece que os humanos daqui não se interessavam por nada fora de sua vida pacata, as únicas barracas e lojas com coisas mais atrativas nunca pertenciam aos humanos, eram sempre dos faunos, dos duendes, ou seja lá que outro tipo de pessoa houvesse por aqui. Parei em um beco qualquer, tinha bebido bastante no almoço e precisava me aliviar, puxei minha rola pra fora da calça e ali mesmo na parede de algum estabelecimento esvaziei minha bexiga, mas eu sabia que havia alguém me observando, o dia inteiro sempre tinha algumas pessoas me encarando, não seria surpresa ter um espectador.
- Tem um grande instrumento aí monstro ! - disse uma voz masculina que de alguma forma parecia melódica.
Virei meu rosto na direção de quem falou, parecia ser um bardo, o violão que carregava nas costas deixava isso bem óbvio. Ele tinha a pele marrom como café misturado ao leite, o sorriso em seu rosto parecia reluzir, devia ser a saliva nos dentes, ele tínha os olhos castanhos bem fixos no que eu segurava com a mão.
- Monstro !? É assim que você chama um Orc ?
- Então você é um Orc ? Nunca tinha visto um de perto, eu sabia que eram grandes, mas porra ! - falou ele agora olhando pro meu rosto.
- E você seria um humano, certo ?
- Sou, pode me chamar de Mûz, bardo Mūz, ao seu dispor ! - disse o homem com entusiasmo enquanto fazia uma reverência se curvando.
- Ao meu dispor... Até onde você leva isso ?
Ele engoliu seco, mas ainda mantinha o sorriso com covinhas no rosto.
- Oras senhor, que pergunta é essa ?
Chacoalhei minha pica a livrando das últimas gotas de mijo, e tão rápido quanto um coelho avista uma cenoura seus olhos voltaram a encarar o que chamava a atenção dele.
- Você gostou bastante do que viu aqui Mûz, nunca viu uma rola antes ?
- Desculpe por encarar senhor, mas desse tamanho admito que nunca vi uma.
- Não me surpreende, deve ser difícil achar um macho com tamanho que preste por essas bandas, venha aqui, mate sua curiosidade !
Ele deu um passo em falso, eu sei bem no que ele estava pensando, humanos comuns são sempre tão medrosos, me admira que conseguiram cometer a era do predatismo, mas mesmo assim ele teve coragem e se aproximou aos poucos.
