CAPÍTULO 11 - Vapor

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Lûnōrïon

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Lûnōrïon

Não me demorei durante o banho, pois ainda tinha uma série de afazeres após meu curto período de descanso antes do fim do expediente, logo que me lavei, organizei meu aposento para quando retornasse mais tarde pra enfim dormir em paz, e então me aprontei e fui correndo em direção ao estábulo que ficava na área aos fundos da taverna, era lá onde descansavam os cavalos que carregavam as carroças com as provisões, sempre que o senhor Brōnd nos mandava ir a grande feira do vilarejo renovar o estoque. Mas não fui ver somente estes pois não era meu dia de cuidar deles, e sim fui ver meus amados Lûnz e Ėstrėl, meus cavalos que vieram comigo de minhas terras muito além das fronteiras desse vilarejo, os quais infelizmente mal cabiam no espaço feito para as proporções de animais criados por humanos.

- Como vão meus bons companheiros ? - falei enquanto acariacava a crina de Ėstrėl que relinchou de alegria ao me ver.

Logo estava os oferecendo algumas maçãs do saco que havia comprado pela manhã mas que não tive tempo de lhes dar mais cedo, e apesar de saber que sempre haveria alguém os cuidando, eu não me sentia bem de passar um dia sequer distante, não enquanto eles estavam espremidos naquele lugar onde conseguiam apenas dar alguns passos e se deitarem. Contudo não pude ficar muito tempo pois ainda tinha uma série de afazeres, e logo me retirei deixando uma maçã para cada um dos animais do lugar. E então corri para checar se o salão já havia sido devidamente limpo, e se a cozinha estava totalmente organizada, e que pra minha infelicidade não estava, então tive que ajudar os cozinheiros a lidarem com toda a bagunça do dia, o senhor Brōnd gostava do lucro que seres de grande porte traziam quando iam comer na taverna, mas o trabalho que davam era tão grande quanto os lucros, porém não tínhamos do que reclamar, todos nós funcionários éramos bem tratados e recebíamos nossas contas dignamente, além de termos um bom patrão, honestamente tive sorte de acabar nessa taverna quando saí do reino que vivia, mas acredito que me perdi no que buscava. Eu saí de Åurœryn buscando conhecer mais do mundo e das pessoas ao meu redor pelos meus próprios olhos, além do que apenas os ensinamentos de meu povo me mostrou, pois nós elfos não nos misturamos, dificilmente saímos de nossos reinos se não para visitar os reinos de outros elfos, não por arrogância mas por nossa natureza de autopreservação, somos conhecidos pela capacidade de cura e regeneração, além de que se um elfo se relacionar com um ser de outra espécie e vier a ter um filho, certamente nascerá elfo, esse auto zelo natural da espécie fez com que sempre estivéssemos entre os nossos e isso se enraizou em nossas culturas, porém quando os humanos se rebelaram contra toda criatura que possuía mana em abundância, muitos reinos élficos abriram seus braços para refugiar aqueles que fugiam das caçadas, para os humanos essas histórias são esquecidas, mas para meu povo nada se perde no tempo. Contudo lá estava eu perdido das horas, quando enfim corri da cozinha direto para o andar onde a comitiva que fiquei responsável havia se instalado.

- Senhor Tēllōs-Ürg, está acordado ? - perguntei enquanto batia na porta com cautela.

- Veio rápido, pensei que demoraria um pouco mais - ecoou uma voz grossa.

A Jornada Dos Quatro OrcsOnde histórias criam vida. Descubra agora