Assim que o barco chegou, Christos foi cumprimentar Andreas. Um homem de estatura baixa, moreno, de ombros largos e olhos doces. Abraçou Christos e despejou-lhe um turbilhão de palavras em grego.
Sorriu para Allegra, carinhosamente, tomou-lhe as duas mãos, saudando-a efusivamente. Ajudou-a a subir no barco com todo o cuidado.
Allegra estava com os nervos a flor da pele, mas sabia que não poderia perder o controle diante de Christos. Talvez ele não mais a desejasse, mas jamais permitiria que sentisse pena dela. Seu orgulho jamais permitiria tal ato, mesmo que o seu coração ficasse aos pedaços.
Ao abrir a maleta em seu quarto, a primeira coisa que viu foi o vestido do casamento; sentiu um aperto na garganta, difícil de controlar. Mas ela devia ao menos salvar seu orgulho próprio daqui por diante.
A viagem de barco demorou meia hora. Christos estava ao leme e Allegra sentou-se atrás, meditando sobre seu destino, sentindo a brisa do mar e tentando deixar para trás sua breve vida em comum com Christos Karamanlís.
Quando se aproximavam da costa da ilha da família Karamnalís, conhecida pelo nome de uma flor da região da Grécia, um nome bastante sujestivo, Helicônia, Allegra pode ver um aglomerado de casas brancas dominadas por um templo no centro, com certeza seria uma igreja, e em sua volta um grandiosos jradim com rosas, líriros e cravos... Que também ewstavam presentes rodeando o porto.
Christos passou pela vila, seguindo a costa.
A paisagem era muito diferente da de Argoli. A ilha era bem maior, muito mais verde. Era também muito mais montanhosa. Allegra imaginava se teria a chance de conhecer melhor as redondezas, mas logo descartou a ideia.
O primeiro problema seria enfrentar a mãe de Christos. Ela tentava imaginar como seria fisicamente, mas não conseguia. Christos quase não falara nela.
O sol estava começando a se pôr, espalhando reflexos avermelhados sobre o mar. Christos diminuiu a velocidade, dirigindo se a uma praia particular cujo areias brancas se destacavam de longe e começava a se delinear por causas das diversas conchas espalhadas.
Havia alguém esperando por ele; era uma mulher vestida elegantemente com calça de linho branco e blusa bege. Tinha cabelos loiros cortados reto na altura dos ombros, um rosto muito atraente sem ser bonito e tinha os braços abertos.
"Seria alguma prima?", pensou Allegra. No entanto, quando se aproximaram mais, deu-se conta de que era uma mulher mais madura, com uma expressão estranhamente familiar.
— Christos, meu menino! — Disse a mulher, atirando-se nos braços dele. — Seu bandido! Enganando-me, fazendo-me pensar que você estava a bordo do seu iate, enquanto estava aqui tão perto! Mas não posso culpá-lo. Um iate seria um lugar demasiado publico para uma lua-de-mel.
Abraçou-o mais uma vez e voltou-se para Allegra.
— Então você é minha nova filha. — Se expressou carinhosamente. — Bem-vinda a Helicônia, meu bem. Pelos deuses ela é lindíssima, meu menino.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Feridas De Amor - Série Pecados Capitais - Livro V
RomanceA Série Pecados Capitais, romances... Apesar de fazer parte de uma série, sua história é individual... Instigante, misteriosos obstinados e ambiciosos, realmente são os melhores no que fazem. Feridas De Amor NOSSO PASSADO ATORMENTA NOSSO PRESENTE! A...