Broken Hearts Fit Together (Duologia Broken Hearts, Livro 02)

✨ Capítulo 11✨

"Eu já sabia que te amava naquela época, mas você nunca saberia
Porque eu escondi quando estava com medo de te perder
Eu sei que eu precisava de você, mas nunca demonstrei
Eu quero ficar com você até nós ficarmos bem velhinhos
Apenas diga que você não vai embora"
— Say You Won't Let Go, James Arthur

Hadara Earonwood

Não sabia que alguém poderia ser tão forte até ver Asher me tirar de dentro da carruagem como se eu não pesasse absolutamente nada.

— Asher! — gritei apavorada, pensando que iria cair, mas ele puxou meu corpo imediatamente em sua direção e eu agarrei seu pescoço como se minha vida dependesse disso.

— Peguei você — Asher murmurou em meus cabelos, seu braço enlaçando-me de encontro ao seu peito com força.

— Guardas! Parem a carruagem! — berrou Maya, sua voz parecia indescritivelmente furiosa — A princesa está sendo sequestrada! Rápido!

Eu não me atrevi a mover um único músculo, com medo demais para fazer qualquer coisa a não ser continuar abraçando-o com força. Mas eu senti quando Asher virou a cabeça e olhou para ela, e eu pude ouvir o sorriso em sua voz quando ele declarou:

— Não é sequestro se estou pegando o que é meu. Ela é minha. Desde dia em diante e até meu último sopro de vida, entendeu, madame?

Deus do céu, esse homem ainda ia me matar.

E assim, ele puxou as rédeas e mudamos de direção, voltando para o castelo a galope. Asher não disse uma palavra durante o caminho curto de volta, muito menos eu. Ainda estava abalada e tentando assimilar o que tinha acontecido.

Ao chegarmos à frente do castelo, um dos guardas — acho que era amigo de Asher, porque já os vi juntos — correu em nossa direção e esticou os braços para me pegar. Eu sei que ele só queria me ajudar a descer, que não me machucaria, que era um gesto inofensivo, mas meu corpo imediatamente ficou tenso.

Ele olhou nos meus olhos, uma pergunta ali. Eu pressionei os lábios em uma linha fina e assenti, dando-lhe permissão. Quando suas mãos seguraram minha cintura, eu me forcei a soltar Asher e apoiar minhas mãos no ombro do guarda. Prendi a respiração quando ele me puxou em sua direção, minhas mãos começaram a suar e meu estômago se revirou. Ele me colocou no chão com cuidado e me amparou ao perceber meu corpo vacilar. Eu dei um passo para longe dele o mais rápido que consegui e me odiei por ter uma reação tão ridícula a alguém que só queria me ajudar.

— Obrigada — sussurrei para ele, sem conseguir me forçar a olhar em seus olhos.

Asher praticamente pulou do cavalo e entregou as rédeas ao guarda.

— Leve-o — ordenou ao outro e caminhou em minha direção com passos firmes, os olhos fixos em mim. E antes que eu percebesse, ele se inclinou e passou um braço por baixo dos meus joelhos e me pegou no colo.

— Asher — comecei a protestar, mas ele me lançou um olhar duro.

— Agora não — pediu e eu me calei, passando um braço ao redor de seu ombro para não cair.

Não perguntei para onde estávamos indo ou porquê ele fez aquilo. Minha mente estava rodando em muitas hipóteses e também a preocupação e o medo do que poderia acontecer a seguir estavam me sufocando. Maya estava furiosa, eu tinha certeza, e eu não tinha ideia do que ela poderia fazer sobre tudo isso. E isso estava me matando.

Asher subiu as escadas para o segundo andar e depois o terceiro, então ele virou em um corredor longo e silencioso. Ele continuou caminhando e então as coisas começaram a mudar, era como se aquela fosse uma casa dentro do castelo. Tinha um amplo espaço, que imaginei ser a sala de estar, tinha sofás e poltronas. Mais a frente tinha mais algumas portas, que eu não fazia ideia do que poderia ser. A decoração aqui estava de algum jeito mais viva, tinha vários vasos de flores e a luz do sol entrava pelas janelas, dando um ar aconchegante e quentinho e ao mesmo tempo de paz.