Broken Hearts Fit Together (Duologia Broken Hearts, Livro 02)

✨ Epílogo 2 ✨

"A história da minha vida, eu dou esperança pra ela
Eu uso o amor dela"
— Story Of My Life, One Direction

Hadara Earonwood

Alguns anos depois...

Às vezes me pegava pensando se ainda estava dormindo, porque tudo ao meu redor parecia um sonho.

— MAMÃE! — O grito indignado da minha filha de 12 anos cortou o ar — Emma e Ravi fizeram aquilo de novo!

Estremeci levemente.

Bem, era quase um sonho. Afinal, quando se tinha filhos que achavam que eram imortais e queriam desafiar todo o círculo de segurança que lhes foi imposto e te fazem enlouquecer de preocupação ao mesmo tempo em que roubam seu coração se poderia ser um sonho?

Eu me virei imediatamente na direção de Addy, meus olhos se arregalando.

— Eles fizeram o quê, querida? — perguntei, torcendo para estar errada e não ser o que estava imaginando.

— Pelo amor de Deus, me diga que ela não o arrastou para aquela árvore outra vez? — indagou Serena, sentada ao meu lado na mesa da varanda do castelo.

Addy comprimiu os lábios em uma linha fina e suas bochechas coraram.

— Sinto muito, tia Serena, mas quando vi os dois já tinham subido.

— Misericórdia — sussurrou Serena, erguendo da cadeira ao mesmo tempo em que eu.

— De novo, não — resmunguei para mim mesma.

Serena conhecia a filha, e Emma era um espírito livre e espontâneo mesmo em seus 6 anos. E meu Ravi fazia qualquer coisa por ela, o garoto era fascinado por cada detalhe de Emma. Era incrível ver os dois pequenos juntos, foi amor à primeira vista e nunca mais se separaram desde que tinham idade suficiente para engatinhar juntos. Ficaram melhores amigos e tudo que um fazia o outro também queria fazer, o que no caso, muitas vezes envolvia uma "aventura" inusitada e muitas vezes terrivelmente perigosa ocasionadas por Emma, que adorava se aventurar e Ravi adorava fazê-la rir.

Corremos para o jardim do castelo em Raen, onde estávamos passando as festas de fim de ano, e meu coração quase saiu pela boca ao avistar as duas crianças em cima do enorme carvalho que decorava a maior parte do lugar.

— EMMA! — Serena correu em direção a árvore no mesmo passo que eu.

Mal me lembrava como respirar.

— Addy, chame seu pai! — mandei imediatamente.

— E traga o Gael também — emendou Serena apressadamente, enquanto paramos embaixo do carvalho e as crianças olharam para nós com sorrisos alegres — Não se mexam!

Os olhos de Ravi encontraram os meus e o sorriso dele se alargou, seus cachos marrons oscilando conforme ele tombou a cabecinha. A pele moreninha e os olhos claros como o pôr do sol brilhavam de alegria.

— Oi, mamãe — ele me cumprimentou ternamente.

Eu me derreti feito manteiga.

— Oi, querido — Abri um sorriso sem nem perceber.

Droga. Eu tinha que estar brava.

— Emma, quantas vezes tenho que dizer para não subir em árvores? — Serena apoiou as mãos na cintura, fulminando a garotinha com o olhar.

— Oi, mãezinha — respondeu Emma, a expressão inocente e terna, como se não estivessem em cima de uma árvore de — muito provavelmente — uns 9 a 20 metros de altura.