✨ Capítulo 25 ✨

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 "Vamos nos libertar dos nossos corações partidos
Porque você estará a salvo nestes meus braços
Apenas chame meu nome na beira da noite
E eu vou correr pra você, eu vou correr pra você"
— Run To You, Lea Michele

Hadara Earonwood

Meu coração errou uma batida.

— Meu pai — sussurrei para mim mesma, paralisada nos braços de Asher.

— Sweetheart — ouvi-o me chamar e me forcei a encontrar seu olhar preocupado. — Desculpe, deveria ter contado. Mas queria te fazer uma surpresa.

Eu pisquei.

— O quê?

— Seu pai. Eu mandei uma carta para ele depois que conversamos na carruagem e você me disse que estava com muita saudade. Achei que seria bom ver ele. — Ash encolheu os ombros, culpado. — Não sabia que isso tudo ia acontecer, me perdoe.

Eu respirei fundo e meu peito doeu.

— Como vou contar a ele? — sussurrei, mal ouvindo minhas próprias palavras por medo do meu pai ouvir. — Meu pai é a única coisa que eu tinha, Asher. O que vou fazer se depois de tudo ele não me quiser? — expliquei e minha voz embargou.

Ele negou com a cabeça.

— Se seu pai é o homem que você me disse que ele é, então ele não vai fazer isso.

Ele tinha razão, mas meu medo era maior.

— Você pode ficar aqui? — perguntei, levantando da cama e sentindo uma fisgada de dor nos meus joelhos. Tinha me esquecido dos machucados.

— Posso, claro. Pelo tempo que você quiser. — Asher concordou imediatamente, como eu sabia que faria. Ele lançou um olhar preocupado para meus joelhos. — Precisamos refazer seus curativos.

— Sei disso, mas depois. — murmurei, mal registrando minhas respirações por causa do meu coração acelerado. — Agora abra a porta antes que eu tenha um enfarte.

Asher beijou minha testa ao se colocar de pé.

— Vai dar tudo certo, tenha fé no amor dele. Assim como tem no meu.

Meu coração apertou, mas assenti para ele.

Apertei uma mão na outra nervosamente ao assisti-lo cruzar o quarto e abrir a porta. Beth entrou empurrando o carrinho com o café da manhã e eu prendi a respiração, porque logo atrás dela, entrou o homem que era tudo pra mim. O homem que me ensinou a andar. O homem que me segurou em seus braços tantas vezes. O homem que acredita que sou sua filha.

Meu pai parou ao me ver e seu rosto inteiro se transformou, suavizando-se e transbordando tanto amor e adoração de seus olhos que meu olhos arderam e um nó se alojou em minha garganta.

Eu o amava mais do que a minha próxima respiração. E sabia, sentia com cada célula do meu corpo que ele me amava de volta na mesma intensidade.

Mas será que isso vai ser o suficiente?

Engoli em seco com força.

— Olá, papai. — murmurei e minhas mãos estavam tremendo.

O sorriso dele ficou maior, como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo pra ele.

— Princesinha — sussurrou ele.

Princesinha. Meu apelido de infância acabou com a resistência que eu tivesse e o amor incondicional evidente em seus olhos foi o suficiente para eu não me importar com mais nada quando corri para ele. Corri para os braços do homem que sempre seria meu ponto de paz nesse mundo. Corri e me joguei contra seu corpo forte. Papai me pegou com facilidade, passando os braços ao meu redor e me tirando do chão ao me abraçar com força.

Broken Hearts Fit Together (Duologia Broken Hearts, Livro 02)Onde histórias criam vida. Descubra agora