Broken Hearts Fit Together (Duologia Broken Hearts, Livro 02)

✨ Capítulo 23 ✨

 "Ligue e eu vou sair correndo
Sem fôlego agora
Você tem esse poder sobre mim, minha nossa
Tudo o que eu amo reside naqueles olhos
Você tem esse poder sobre mim, minha nossa
A única que eu conheço, a única em mente"
— Power Over Me, Dermot Kennedy

Hadara Earonwood

O vento agitava meus cabelos furiosamente com a velocidade em que coloquei o cavalo, estava desesperada por respostas, minha mente a mil e precisava ter certeza. Isso era a única coisa que me mantinha de pé até agora.

Era a única coisa em que eu pensava e isso estava me matando, lentamente, a incerteza era esmagadora e a verdade... Ela poderia me matar.

Um nó se alojou na minha garganta e meus olhos ardiam com a força das lágrimas, mas me mantive firme, precisava me manter firme para continuar e descobrir toda a verdade. A espada da incerteza estava constantemente sobre minha cabeça e isso precisava mudar, precisava descobrir tudo.

Avistei a casa de Geórgia e Albert e meu coração apertou. Lembrei-me das palavras de Asher sobre onde era a casa da vizinha e passei direto pela pequena casa que horas atrás eu estava tão feliz. Agora eu não tinha certeza de mais nada. Meu coração disparou ao passar pela propriedade e depois adentrar um campo verde e vasto. Respirei fundo e continuei, sem parar, sem nem cogitar a ideia de que tudo poderia estar perdido se a senhora Reeves não estivesse em casa.

Quando uma pequena casa branca surgiu no campo, eu suspirei de alívio e conduzi o cavalo naquela direção com rapidez. Passei por flores bem cuidadas e uma cerca branca, diminuindo a velocidade ao parar na frente da casa. A porta da frente se abriu e a mesma mulher que vi com Asher saiu. Ela olhou imediatamente em minha direção e ficou imóvel. Eu não sabia nem se ela estava respirando. Mas, então, tão rápido quanto tinha saído, ela abriu a porta e se trancou lá dentro. Eu larguei as rédeas e literalmente pulei para o chão, tropeçando e caindo no chão de areia, mas nem parei para analisar a dor nos meus joelhos.

Corri para a porta e bati desesperada.

— Senhora Reeves, por favor! — gritei, a angústia ficando evidente em minha voz. Meu desespero era palpável agora — Eu sei que sabe quem eu sou e eu preciso de ajuda! Preciso que me diga a verdade! Por favor!

Mas não ouvi nada em resposta. Nem um único som.

Apoiei as mãos contra a madeira da porta e abaixei a cabeça, meus joelhos latejando e meu corpo pesando.

— Não sei o que aconteceu e isso... — parei, minha voz embargada — Isso está me enlouquecendo. Eu não sei quem eu sou, senhora Reeves. — sussurrei para a porta, encostando a testa contra a madeira e respirando fundo — Por favor, por favor, por favor, não me deixe aqui. Eu te imploro — cai de joelhos, sem me importar com a dor, ou de estar parecendo ridícula aos olhos de uma estranha, nada mais importava além de descobrir a verdade — Prometo deixar a senhora em paz se falar comigo, eu dou minha palavra. Só... por favor — as lágrimas quentes escorreram lentamente pelas minhas bochechas, minhas mãos começaram a tremer e senti que estava prestes a ter um ataque de pânico — Por favor, estou te implorando. Não me deixe assim, por favor...

A porta se abriu e eu ergui a cabeça, encontrando-a parada ali, os olhos brilhando pelas lágrimas acumuladas ali e a expressão apreensiva em seu rosto. Notei uma movimentação atrás dela e vi um relance de rosa, então uma moça apareceu. Ela deveria ter mais ou menos a mesma idade que eu ou mais.

— Me desculpe — murmurou a Senhora Reeves, ela se abaixou e segurou minhas mãos, puxando-me para ficar de pé. Eu fiz uma careta pela dor nos meus joelhos e ela percebeu. — Você se machucou?