"Eu vou esticar as minhas mãos no escuro
E esperar as suas se entrelaçarem às minhas
Eu vou esperar por você
Eu vou esperar por você
Porque eu não vou desistir"
— Don't Give Up On Me, Andy GrammerHadara Earonwood
Fazia muito tempo que eu não ria tanto.
Mas com Geórgia e Albert me contando histórias sobre a infância de Asher, eu realmente gargalhei até minha barriga doer. Asher e Gael cresceram juntos e aprontaram juntos na mesma intensidade. Eles colocavam terror nos empregados do castelo e os guardas. Geórgia me disse que uma vez, os dois colocaram sapos nas botas dos guardas no alojamento de treinamento. E depois, decidiram que seria legal esconder seus equipamentos porque queria brincar de caça ao tesouro.
E ela me contava tudo isso enquanto praticamente rodopiava pela cozinha preparando nosso jantar, e eu bem, fiquei quietinha para não atrapalhar porque não fazia a menor ideia do que fazer, nem mesmo conseguia ajudar. Asher sentou ao meu lado e ficava fazendo cara de inocente para todas as histórias que Gi contava e Albert ficava desmentindo sua inocência fingida.
Era muito divertido de ver.
Eu me perguntei o que eles significavam realmente para Asher. E, mais uma coisa me veio à mente, onde estavam os pais dele? Eu nunca perguntei. E ele nunca os mencionou. Agora estava com diversos pensamentos sobre isso na cabeça.
— Aquele guarda ficou traumatizado, Asher! — exclamou Gi, indignada, segurando uma gargalhada.
— Mas não é para tanto! — replicou a criatura atentada, franzindo a testa.
— Não, é? — debochou Albert, tomando um gole de vinho, sentado à mesa ao meu lado — Vocês dois colocaram cobras na cama dele!
— Ela nem era venenosa — resmungou Asher, fazendo bico — Foi só uma brincadeirinha.
Eu gargalhei, e para mim, não era surpresa nenhuma que o Asher criança fosse tão atentado. E Gael não ficava para trás, eles eram uma dupla afinal. Acho que Bola de Neve serviu para mostrar a ele o que era ser verdadeiramente perseguido. O carma é realmente uma merda. Eu ri mais um pouco com meus pensamentos.
Peguei Ash me observando, seus olhos verdes brilhando de felicidade, enquanto ele tentava se manter sério, mas os cantos de seus lábios teimavam em subir.
— Está gostando disso, não é? — murmurou ele.
Balancei a cabeça afirmativamente, sorrindo.
— Adorando — confessei.
Ele abriu um sorriso lento, me arrancando um suspiro profundo.
Deus, como ele era lindo.
— Você gosta de ensopado de carne, querida? — A voz de Geórgia me tirou dos meus pensamentos e pisquei, desviando meu olhar para ela. Gi segurava um prato suspenso no ar e a concha perto da panela com a comida, esperando minha resposta.
Eu me encolhi.
Eu gostava?, me perguntei mentalmente, fechando minhas mãos em punhos ao senti-las começarem a tremer e suar. Meu estômago torceu e se revoltou.
Eu engoli em seco, olhando para ela.
— Eu... — Minha voz quebrou, mas me forcei a continuar e ela franziu a testa para mim em preocupação — Nunca comi. Não sei se gosto — sussurrei.
Seus olhos se arregalaram, mas ela não comentou. Acho que ensopado era uma coisa normal para a maioria das pessoas, mas a maioria das pessoas não tinha passado pelo que eu passei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Broken Hearts Fit Together (Duologia Broken Hearts, Livro 02)
RomanceEra uma vez, uma princesa que foi quebrada, forjada e moldada ao bel prazer pela última pessoa na face da terra que deveria ousar pensar em tais atitudes inimaginavéis contra ela. Mas aconteceu e a garota que desde o 5 anos vem sendo escrava em seu...