Broken Hearts Fit Together (Duologia Broken Hearts, Livro 02)

✨ Capítulo 19 ✨

"E, meu amor, você sabe que eu tô com você
Pegue a estrada, estamos nessa juntos
Sem pressa, há algo sobre você, oh
Há algo sobre você, garota"
— Something About You, Eyedress

Hadara Earonwood

Eu não conseguia respirar.

Eu não conseguia respirar.

Eu não conseguia respirar.

Eu estava sufocando.

Alguém estava me sufocando com o travesseiro. Minha garganta doía de tentar gritar, meus braços doendo com o esforço em me debater e arranhar os braços da pessoa. Mas parecia impossível escapar. A pessoa pressionava meu rosto com tanta força que meu nariz estava doendo como se eu tivesse levado um soco.

E então, quando achei que fosse desmaiar pela falta de oxigênio, o travesseiro foi removido e meus olhos ardiam, meu rosto todo formigava e puxei o ar com força, ele entrou ardendo, meu nariz e garganta, arranhando.

Uma mão se fechou ao redor da minha garganta.

— Isso é para você aprender a me obedecer, garota — Maya rosnou, seu rosto tão próximo do meu, que sua saliva batia em mim e eu estremeci violentamente, meus membros tremendo, a onda de pânico me comendo viva. O ar se tornou curto novamente e meu coração atropelava minha sanidade, descontrolado e desesperado dentro do meu peito — Você me obriga a fazer coisas terríveis. Não podia simplesmente ser uma boa garota?

— P-por f-favor — engasguei, as lágrimas de puro desespero escorrendo pelas minhas bochechas.

Ela apertou mais forte, me privando de ar.

— Uma princesa de verdade não implora, Hadara! — ela gritou, e minha visão começou a ficar embaçada, dedos de pânico apertando meu estômago dolorosamente. Meu pânico junto com a falta de ar, me deixaram tonta e acho que tentei falar novamente, mas nada saiu.

Meu coração errou uma batida.

Meus membros não tinham mais força.

Meu corpo estava cansado.

A falta de ar me fez desmaiar.

Mas não era só isso.

Acho que eu estou morrendo...

Meu coração errou outra batida. E outra.

O pobrezinho estava tão cansado...

Um estrondo me fez abrir os olhos. Acordei coberta de suor, meu coração acelerado e minha respiração irregular. Meu rosto estava molhado pelas lágrimas e minha garganta doía, indicando que gritei muito. Virei a cabeça na direção da janela no exato momento em que um relâmpago cortou o céu e iluminou todo o quarto. O grito que escapou de mim foi aterrorizante.

A chuva caía com força lá fora e as janelas estavam abertas, era como se eu estivesse presenciando um desastre em primeira mão.

Caí da cama na minha pressa em me esconder, tropecei pelo quarto desesperada e me enfiei no armário, fechando a porta e pressionando as mãos contra meus ouvidos, tentando abafar o barulho da chuva, dos relâmpagos, de tudo. Desde pequena, sempre tive medo de tempestades. Nunca gostei de trovões e meu corpo tremia apenas em ouvir ao longe seu barulho, que dirá ver e ouvir tão de perto.

Eu me abracei e coloquei a cabeça entre meus joelhos, como fiz tantas vezes durante toda a minha vida. E, apenas... Tentei continuar respirando. Era essa minha meta.

Soltei mais um pequeno grito quando o próximo trovão veio tão forte que estremeceu os móveis. Mas no próximo segundo, ouvi barulhos pelo quarto, passos correndo e então, a porta do armário foi escancarada e eu rastejei para trás, tentando escapar, tentando ficar o mais longe possível do alcance dela.