💌 - CAPÍTULO 4, capuccino, tinta amarela e pão queimado

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"Viver um grande amor
é coisa de cinema
e eu não vou pagar para ver, eu não"

– Contramão, O Grilo

Leo's pov

      Morar com os meus amigos foi, certamente, uma das melhores decisões da minha vida, mesmo que a minha irmã fosse a pessoa mais mal humorada do mundo, que Rachel deixasse manchas de tinta pela casa toda e Piper não conseguisse manter suas coisas guardadas. Era divertido e fazia com que tudo fosse melhor.

       Quando cheguei da faculdade naquele dia, cumprimentei Hazel e Rachel que estavam na sala de estar e fui para o meu quarto deixar a minha mochila lá. Eu ainda tinha um pouco do cappuccino que eu comprara na cafeteria onde eu havia conhecido aquele loiro bonitinho. Fiquei pensando em mandar mensagem para ele, mas decidi esperar mais um pouco.

        Então eu fui para a sala de estar, onde Rachel estava pintando uma tela nova e Hazel estava passando esmalte dourado nas suas unhas. 

        — Conheci um loiro gatinho hoje — comentei, me sentando ao lado de Hazel.

       — Na faculdade? — a Dare me perguntou.

       — Não, foi na cafeteria — respondi — Mas ele também estuda na Ollympus. Só o curso que é diferente.

       — O que significa que você tá' afim de um burguês — Hazel afirmou.

       — Em primeiro lugar, quem disse que eu tô' afim dele? — questionei.

       — Dizer ninguém disse, mas a sua cara diz muito de você na maioria das vezes — a Levesque explicou — Sem contar que você chamou ele de "gatinho".

       — Mas ele é gatinho! — exclamei — Talvez um pouco burguês, também. Mas isso não importa. A Rach é burguesa e estamos aqui com ela.

      — O jeito que vocês dois tratam "burguês" como ofença é diferente — Rachel comentou, concentrada no seu trabalho.

       — É que rico normalmente não é muito inteligente — eu expliquei — Infelizmente, só eu, a Haz e minha irmã nos salvamos nessa casa. 

       — Realmente — Hazel concordou.

       — Mas você não pode me criticar, Levesque — falei — O Frank é tão burguês quanto o loiro da cafeteria e eu não falo nada.

      — Não fala nada? — ela soltou uma leve risada. A minha amizade com Frank era resumida em implicâncias e discussões sem fundamento algum. Era abuso dizer que eu nunca falava nada.

     — Ok, talvez eu fale — dei de ombros — Mas ele é rico. Ele aguenta.

      Nós dois rimos, mas fomos interrompidos pela porta do apartamento sendo aberta. Reyna entrou no apartamento suspirando. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto e ela parecia cansada. Assim que chegou, acenou para nós e foi até o quarto deixar a sua bolsa antes de voltar. No momento em que Reyna se sentou no sofá, Rachel se virou na sua direção.

       — Rey, consegui marcar uma sessão para fazer aquela tatuagem que eu te falei — disse a ruiva — Você pode ir comigo?

💌 - CORNELIA STREET, valgrace & theyna auOnde histórias criam vida. Descubra agora