Dois

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O manto da Akatsuki

Andava pelos corredores do hospital preocupada

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Andava pelos corredores do hospital preocupada. Ouvia meu nome ser chamado de uma forma pavorosa. E isso só ocorria quando algo de muito grave estava acontecendo. Alarguei meus passos e todos aqueles que trabalhavam na enfermaria, até mesmo os parentes dos seus entes queridos que estavam sendo tratados, amontoavam os corredores para saber o motivo da gritaria.

— Sakura! – Vi a imagem de Ino se aproximar, completamente ofegante. — Você precisa... – sua feição assustada, não conseguindo terminar de completar sua frase.

Passei a correr, sentindo que a loira me seguia. E, ao chegar no corredor principal, pude ver perfeitamente o que realmente havia acontecido.

— Sasuke?

Sentia minha voz trêmula. Meu rosto claramente surpreso, não escondendo nenhuma sensação. Observei seu rosto pálido, com respingos de sangue em toda a sua pele e vestimentas rasgadas. Em seu colo, seus braços eram cobertos por uma capa. Um manto que eu apenas ouvira falar.

— Akatsuki . – sussurrei, formando todas as lembranças de histórias sobre os renegados de capa preta.

O toque de dedos em minha pele sensível, – mesmo coberta pelo jaleco – fez com que eu despertasse, me arrastando até onde Sasuke estava ajoelhado, carregando alguém. Alguém esse chamado Itachi, seu irmão. Seria impossível não reconhecê-lo pela grande semelhança e história que carregavam. Ao me aproximar, ignorei a presença do mais novo, me abaixando para começar a checar o corpo ainda com vida em seus braços. Afastei todo aquele tecido ensopado e cheirando a sangue para que pudesse liberar todo o seu peito para utilizar meu jutsu de cura.

O olhar de Sasuke queimava meu corpo por completo. Sentia seu nervosismo e surpresa ao me ver diferente. Ao mesmo tempo que tentava focar em meu trabalho, saber que Sasuke havia retornado para a aldeia me deixava apavorada.
Os olhos de Itachi começaram a abrir lentamente, reagindo aos meus cuidados. Dali em diante ele seria tratado no quarto. Mas, de antemão, não seria necessário uma cirurgia. Com o medicamento necessário e bastante hidratação, ele sobreviveria.

Relaxei meus músculos e Ino se adiantou, pegando uma das macas para que o levassem até a enfermaria. Me levantei, terminando de tirar a manta preta de seu corpo e segurei comigo, acreditando que Sasuke iria querer ir com ele.

Quando pude guia-lo junto a Ino, em meus dedos, o toque de Sasuke me faz tremer. Sua mão suja e gélida me puxou, dando um aperto para um abraço choroso. Mantive meus braços ao lado de meu corpo, imóveis. Eu não sabia reagir à abraços. Muito menos vindo do Uchiha.

— Obrigado. – me agradeceu.

Observei seu rosto onde havia uma mistura de sangue, suor e lágrimas. Sua pele branca coberta de sujeira, e tristeza. E, por um segundo eu tive pena dele. Como reposta, apenas concordei com a cabeça, sem abrir a boca para esboçar uma palavra.

Me soltei, não estando preparada para sua aproximação repentina.

Caminhei rapidamente até onde Ino estava cuidando de Itachi apenas para verificar se ela estaria precisando de minha ajuda. Mas, quando eu cheguei, até limpo seu corpo estava. Era tão palido quando Sasuke.

— Ino. – a chamei, enquanto terminava de ajeitá-lo. — Cuida do hospital por alguns minutos? Preciso fa...

— Falar com a Tsunade. – completou minha frase, me deixando frustrada por ela me conhecer tão bem. — Vai lá. Eu cuido de tudo.

Sem precisar dizer nada, me retirei. Notei que a manta de Itachi ainda estava em minhas mãos, e eu sequer sentia o tecido deslizando em meus dedos. Suspirei pesadamente e apenas retirei meu jaleco, agradecendo por estar carregando a manta da Akatsuki. Eu jogaria na cara de minha mestra, somente por saber que ela estava mais que envolvida no retorno de Sasuke e o renegado da folha.

Ela jamais aceitaria o Uchiha mais velho se não tivesse algo por trás disso.

Em passos largos, caminhei até seu prédio, batendo em sua porta assim que cheguei. Mas, não aguentei esperar por uma resposta. Abri a porta sem devaneio, não expressando nenhuma emoção. Com a capa ainda em minhas mãos, joguei em sua mesa.

— Não me espanta saber que estava envolvida nisso. – gritei assim que notei sua feição: nada surpresa.

Parecia até mesmo que aguardava por minha visita.

— Eu posso explicar, Haruno. – sua voz calma, como se estivesse culpada. — Fiz um acordo com Itachi em uma de minhas viagens. O encontrei com o grupo da Akatsuki, e você sabe que eles são apenas crianças abandonadas, ou com um passado sombrio que não tiveram opção de escolha.

— E não achou que eu deveria saber disso antes de ver Sasuke gritando por mim no hospital? Ele tentou me matar!

Sentia meu rosto esquentar, ao mesmo tempo em que uma lágrima quente descia por minhas bochechas. Ela não tinha o direito de jogá-los sem me explicar alguma coisa.

Eu tinha um passado com o Uchiha mais novo que doía somente em mim. Não nas pessoas ao redor que só sabia dizer o quanto eu estava sofrendo por um coração partido. Era algo muito além.

— Eu sinto muito. Eu sei o quanto esse assunto a machuca. – se levantou, vindo até mim. — Todos os meus melhores ninjas vivem em missões, e eu precisava de pessoas para fazer certas coisas e proteger a vila. Sasuke era a chave para que Itachi conseguisse retornar à vila, ou teríamos um caos em nossa aldeia.

— Retornar à vila? Eles vão ficar por aqui?

Minha indignação ultrapassava todas as barreiras. Tsunade era como uma mãe para mim e me senti traída.

— Sim, Sakura. A Akatsuki agora trabalha para mim, sendo assim, Sasuke e Itachi Uchiha retornarão para a vila.

E, sem conseguir absorver direito minhas palavras, todo o meu corpo ficou mole, e a única coisa que eu vi, foram meus olhos escurecendo.






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Vocês piscaram e eu postei capítulo novo, e mole???

Espero que estejam conseguindo entender o que estou tentando passar.
O bonde da Akatsuki também não faz nada de errado, são apenas jovens desvirtuados que deixaram suas aldeias ihu
A imagem do capítulo e apenas para que visualizem de uma forma mais gostosa, mesmo que o conteúdo em si não tenha sido exatamente igual.

Enfim, qualquer coisa: ME PERGUNTEM OU ME XINGUEM NOS COMENTÁRIOS

Meu Defensor - ItaSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora