Treat You Better

12: Eu Prometo Te Proteger.

⚠️Esse capítulo contem cenas de abuso, se não gosta, não leia.
Nada é real, apenas ficção, nada aconteceu de verdade!!

[. . .]

Após um pequeno surto, Sunoo se despediu dos seus amigos e foi para um lugar vazio, queria poder ficar sozinho e pensar um pouco. Resolveu ir para os fundos da escola, os alunos usavam aquele lugar para matar aula ou ficar com outras pessoas, pensou que não teria ninguém se pegando naquele horário.

Mas ele estava enganado.

Quando deu as costas para poder voltar para onde seus amigos estavam, sentiu duas mãos em seus ombros lhe impedindo de sair. Seus olhos se arregalaram e sua respiração ficou falha quando pôde escutar a voz da pessoa.

— Aonde pensa que vai, Sun? – perguntou rente ao ouvido do avermelhado. — Nem cumprimentou a gente.

— Que feio, Sunoo. – o outro garoto fez um bico e se aproximou do menor, ficando a sua frente enquanto o outro estava por trás de si. — O que foi? Por que não fala nada? O gato comeu sua língua, Sun?

— Que droga! Será que ele não deixou nem uma pontinha pra gente? – levou suas mãos para a cintura do garoto, puxando-o mais para trás.

Sunoo engoliu a seco e a primeira gota de suor escorregou por sua testa.

— Está nervoso? – deslizou a mão pelo peitoral do menino, parando no cós de sua calça. — Não se preocupe, isso vai ser rápido.

— Se você facilitar, vai ser bom para nós três. – afundou o rosto na curvatura do pescoço imaculado, usando os dentes naquela área.

O Kim tremeu em nervosirmo, seu corpo estava travado e parecia que suas cordas vocais não funcionavam mais. Sentiu a parte de cima do seu uniforme ser tirada com força, logo aquelas mãos tocaram seu corpo outra vez.

— Por favor..

Fora tudo que conseguiu dizer. Seus olhos estavam lacrimejando e seu peito doendo a cada toque indesejado.

— Você está parecendo um manequim de tão travado! – um tapa forte fora desferido em seu rosto, junto de uma mordida forte em seu pescoço. — É melhor você ficar normal logo, sua vadia desgraçada.

Quando se deu conta, estava apenas com a peça íntima sobrando em seu corpo. Sua boca estava sendo tampada com uma mão e seus olhos já derramavam lágrimas de dor e desespero, enquanto em todo esse sofrimento, sentia ainda aqueles toques cruéis por toda sua pele.

O que cobria sua boca, acabou retirando a mão por estar molhada das lágrimas e saliva do Kim, limpando em seu uniforme.

— Para.. – suplicou quase inaudível, ganhando a atenção dos dois.

— Eu não mandei você ficar calado!? – sentiu outro tapa, de outros muitos que havia levado. — Facilita pra mim, vagabundo! Não tá acostumado a fazer isso com o Lee? Ah, verdade, ele te trocou por uma boceta barata, que qualquer um pode ter.

Ouvir aquelas palavras junto dos arranhões e tapas estava o desesperando, não sabia o que pensar. Aquele seria o seu fim e não podia mudar isso.

— Dói.. – segurou nas mãos do garoto quando ele agarrou suas coxas com força.

— Dói porque você quer que doa! É tão fácil você se entregar, Sun.. – ameaçou tirar a cueca dele, que tentou gritar na hora, mas teve sua boca tampada novamente.

Quando pensou que tudo estava perdido e aqueles garotos fariam de tudo consigo, pôde ouvir três vozes que não lhe eram estranhas. Mas antes que pudesse ver os rostos das pessoas, seus olhos se fecharam e nada mais viu ou ouviu.

[. . .]

— Ele tá acordando.. – ouviu a voz de Jungwon ao seu lado.

— Sun? – era Jay.

Abriu os olhos por completo, dando de cara com o teto. Olhou em volta, encontrando os olhos de seus amigos e irmãs.

— Graças a Deus! – Haewon levantou da cadeira e foi até o irmão, tocando seu rosto. — Eu fiquei tão assustada quando os meninos me ligaram!

— Nós viemos o mais rápido que pudemos. – Winter acariciou as madeixas vermelhas.

Sunoo pôde perceber os olhos vermelhos e molhados das irmãs, também percebeu isso nos amigos.

— A enfermeira disse que você desmaiou por conta do susto da situação.. – Jay se pronunciou enquanto entregava um copo d'água para o avermelhado.

A porta da enfermaria foi aberta e o Kim se encolheu e olhou assustado para as irmãs.

— Calma, calma! Não são eles, ok? Eles não vão fazer mais nada contigo.. – abraçaram o mais novo, acariciando suas costas.

— Sunoo? Sou eu. – a voz era de Niki, e no mesmo momento, o Kim se afastou das irmãs para poder olhar no rosto do japonês. — Como você se sente?

— Assustado.. – respondeu num fio de voz.

— Eles foram expulsos daqui. A diretora acreditou porque agora tem câmeras nos fundos, mas ninguém sabia. – tocou a bochecha com o curativo, sentindo a raiva subir mais uma vez. — Eles e ninguém mais irá te machucar dessa forma.

Os olhos do Kim brilharam, mas o medo ainda estava em si.

— Eu prometo te proteger.