13: A Mamãe Está de Volta.

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Depois daquele ocorrido, a diretora permitiu que Sunoo ficasse em casa por alguns dias, sabia o tamanho daquela situação e entendia perfeitamente o garoto não se sentir bem em ir às aulas. Porém, não foi o mesmo para os amigos, mas eles sempre iam na casa do avermelhado quando podiam.

Niki mandava mensagens e fazia ligações com ele todas as noites para fazê-lo dormir sem sentir medo. Jungwon passava as tardes na casa dele para contar o que acontecia na escola. Jay levava as atividades que o presidente da turma do Kim mandava. Haewon e Winter revezavam o trabalho; de segunda até quarta, Haewon ficava junto de Sunoo, e de quinta a sábado Winter quem lhe fazia companhia.

Seguiram essa rotina por mais ou menos duas semanas, mas parecia que Sunoo não tinha melhoras. Tinha pesadelos excessivos, medo de ficar sozinho, e acabou pegando uma certa desconfiança de seus próprios amigos.

— Sunoo?

Foi tirado dos seus devaneios com a voz de Niki do outro lado da tela.

— Sim?

— Você vai esse fim de semana para a casa dos seus avós?

Outra coisa que tinham incluído na rotina do Kim: ir para a casa de seus avós todo final de semana. Ia na sexta a tarde e voltava domingo a noite.

— Não irei nesse, meus avós irão fazer uma viagem. – sorriu fraco.

— Os pais do Jake alugaram uma casa de praia para passar o fim de semana e me chamaram, o hyung chamou você e os meninos, disse que seria mais legal se tivesse mais gente. – apoiou o rosto nas duas mãos. — Mas se você não se sentir confortável, não precisa ir.

— Os meninos aceitaram?

— Aceitaram, mas falaram que só iam mesmo caso você também fosse.

— Vou conversar melhor com as meninas e te respondo. – viu um sorriso contente brotar no rosto do menino. — Ei, mas o Heeseung vai?

— Ele não fala mais com a gente, então o Jake não se deu trabalho de chamá-lo.

O avermelhado assentiu e o logo mudaram de assunto. Ficaram conversando por mais algumas horas, até que o notebook do Kim estava prestes a descarregar. Niki ainda fez manha para continuarem a conversa pelo celular, mas Sunoo estava cansado e precisava comer e tomar banho.

Assim foi feito, passou quinze minutos no banho e saiu já vestido, usou o secador para secar seu cabelo mais rápido e o penteou. Quando iria passar um creme para a pele, escutou três vozes no andar de baixo, reconheceu a de suas irmãs mas não a terceira voz.

Saiu do quarto às pressas e parou no começo da escada, a pessoa estava de costas então não dava para ver sua face. Haewon não parecia nada feliz conversando com aquela mulher, Winter estava quieta no canto da sala de braços cruzados.

Até que o barulho do avermelhado descendo as escadas ganhou a atenção das três, e quando aquela mulher virou-se para olhá-lo, ele não conseguiu esconder a cara de espanto.

— Meu amor! – a mulher foi até o Kim e tocou em seu rosto. — Está tão crescido..

— Mãe..?

[. . .]

Quando Sunoo desligou a chamada de vídeo, Niki saiu do seu quarto e foi para a sala. Se não podia mais conversar com o Kim, iria se distrair com algum filme. Mas ao chegar no cômodo, deu de cara com Heeseung e sua irmã juntos no sofá, assistindo a uma comédia romântica.

— Que foi? – a garota perguntou ao notar a presença do irmão.

— Não sabia que estavam aqui. – olhou para o Lee. — Que ele estava aqui.

— Ele é meu namorado, esperava o que?

— Que ele não morasse aqui praticamente. – revirou os olhos.

— Posso ir embora.. – o Lee ameaçou se levantar, mas Kazuha o impediu.

— Não, você não pode! Só por causa daquele menino que o Niki age como uma criança. Você está se perdendo nesse sentimento. – disse confiante de cada palavra, ouvindo o irmão rir anasalado.

— Não irei dizer a quem puxei isso. – disse antes de ir até a cozinha, onde encontrou seu cachorrinho comendo.

Na sala, Kazuha resmungava em sua língua nativa, e Heeseung encarava ela sem entender.

— Minha presença não é bem-vinda aqui, acho melhor ir. – conseguiu levantar do sofá e pegou todos os seus pertences.

— Sério isso? Você vai se deixar levar por causa das besteiras do Niki? Aquele viadinho corrompeu a mente do meu irmão.

— Não chame Sunoo assim.

— É o que ele é, não é? – riu.

— Então eu também sou.

— Não, não é. Você só ficou com ele por pena, nunca gostou dele de verdade. – cruzou os braços e arqueou a sobrancelha, Heeseung bufou.

— Isso foi o que eu disse pra você, não pode acreditar em tudo que falam. – calçou seus sapatos e se dirigiu até a porta. — Até.

Quando iria retrucar, a porta foi fechada e tudo o que restou ali fora a fala dos personagens do filme. Irritada, Kazuha caminhou para o seu quarto e se trancou lá dentro.

Heeseung não podia tratá-la daquela maneira, ele iria pagar caro por isso.

[. . .]

mãe do Sunoo voltou, esperavam por essa? também não 😔

vocês acham que o Heeseung é o mocinho ou não da fic? eu tô pensando em fazer um capítulo só dele, mostrando a relação familiar.. o que aconteceu antes da confissão de traição dele. mas acho que farei isso só depois do capítulo da casa de praia 🤭

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