24: Uma Chuva de Desgraças.

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Depois de toda aquela situação na noite passada, o dia seguinte foi repleto de tensão. Os envolvidos na briga da sala, mais os que ainda discutiram sozinhos estavam calados na mesa do almoço, sem nenhuma vontade ou coragem para falar.

Sunoo se sentia triste por seus amigos estarem daquele jeito logo no seu mês, faltava apenas uma semana para o seu aniversário e já estava tudo indo por água a baixo. Não era aquilo que o Kim havia pedido.

Heeseung foi o primeiro a acabar seu almoço, então retirou tudo que sujou e levou para a cozinha, colocando na pia para poder lavar. Kazuha não perdeu tempo em terminar o seu e seguir o Lee até o outro cômodo, atraindo o olhar de Taehyun e Sakura.

A Nishimura deixou seu prato e copo de suco no balcão, se aproximou do Lee e o abraçou por trás, encostando a cabeça nas costas dele. Heeseung se assustou com aquilo e não demorou a virar e afastar-se da menina.

— O que você tá fazendo!?

— Te abraçando, não posso? – arqueou a sobrancelha. — Sabe, Hee, eu perdôo você por ter defendido aquele viadinho, sei que ele não é melhor do que eu.

Heeseung riu desacreditado com aquela frase.

— Eu não consigo acreditar no que tô ouvindo.. – virou-se para enxaguar os talheres e colocá-los na escorredeira.

— Por que?

— Você é tão cara de pau, Kazuha. – secou as mãos com o pano de prato e voltou a olhá-la. — Eu não irei mais deixar que você me controle, você e nem ninguém, ok? Chega de se humilhar dessa maneira.

— Acha mesmo que eu irei desistir tão fácil assim? Se não posso te ter, ninguém pode, querido. – sorriu pequeno e ficou na ponta dos pés para selar o canto dos lábios do loiro, esse que estava paralisado no lugar. — Você ainda tem medo, Heeseung.. não adianta querer bancar o corajoso agora! Você sempre será aquele garoto medroso que eu conheci.

Disse suas últimas palavras antes de se retirar da cozinha, deixando o Lee sozinho ali.

Com tais palavras, as memórias do passado voltavam átona, e não conseguia controlar.

Quer fingir ser corajoso agora, Heeseung? – MinHee proferia enquanto segurava os braços do filho com força.

— Tá machucando meu braço, mamãe.. – o pequeno Lee de apenas sete anos dizia em um fio de voz, tentando soltar-se das mãos da mãe.

— É pra machucar mesmo! Só assim pra você aprender a nunca mais me desobedecer, está entendendo?? – empurrou o menor contra o sofá da sala, machucando suas costas.

MinHee respirou fundo ao ouvir o filho choramingar e se aproximou dele, sentando perto de onde ele estava caído e o puxou para seu colo.

— Sabe que eu só faço isso para o seu bem, não é, meu amor? A mamãe só quer te fazer ser um homem bom.. – acariciava as costas do filho, tentando acabar com a dor que ele sentia naquele local. — Nunca mais ouse em levantar a voz pra mim ou me desobedecer, ouviu?

O menor assentiu assustado, mas ainda sim continuou abraçado a mãe, sentindo a carícia no lugar onde ela mesma machucou.

— Heeseung?

Seu olhar mudou na direção daquela voz, vendo Sunoo parado perto ao balcão o encarando.

— Você tá bem? – negou devagar, sentindo uma lágrima cair.

Sunoo se desesperou no mesmo instante e foi até o ex namorado, o puxando para um abraço apertado. Acariciou os fios claros do Lee, enquanto sussurrava coisas positivas em seu ouvido.

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