Treat You Better

15: Tudo Está Perdido.

⚠️Esse capítulo aborda tema de problemas com a mãe, agressão física e psicológica. Se não se sente confortável, pule essas partes.

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— Droga, Heeseung, tinha que ser você, né? Você estraga tudo, garoto! – mamãe dizia irritada comigo, ela segurava meu braço com força e eu sentia aquela área arder.

— Foi sem querer.. – eu tentava me soltar de suas mãos, mas ela apertava cada vez mais forte e eu não poderia simplesmente empurrá-la.

— Tudo você faz sem querer, que merda é essa? Depois que começou a namorar aquele viado você piorou ainda mais nessas suas atitudes! – me empurrou e senti minhas costas colidiram com a parede da cozinha.

— Não fale assim do Sunoo.. – minha voz saiu baixa mas ainda sim em bom som.

— Eu falo como eu quiser e com quem eu quiser.

Quando eu iria retrucar, senti minha bochecha arder e meu rosto tombar para o lado. Mamãe tinha me batido.

— Eu não aguento mais isso, Heeseung! Esse garoto só atrapalha sua vida e você atrapalha a minha, inferno!

— Eu..

— Você vai terminar esse relacionamento, e não vai ser por mensagem e nem ir na casa dele, vai ser na minha frente pra mim ter certeza que você não vai me enganar. – disse por fim, antes de sair da cozinha e me deixar sozinho lá, rodeado de cacos de vidros e com pequenos cortes nos dedos.

Depois daquela discussão, mamãe me fez mentir para Sunoo dizendo que passaria o fim de semana fora, e me deixou sem celular naquele tempo. No domingo a noite quando eu deveria estar chegando da minha "viagem", mamãe me chamou no andar de baixo dizendo que tinha uma surpresa pra mim. Odiava as surpresas dela, então preparei meu psicológico antes de descer as escadas de casa e encontrar a irmã de Niki, Kazuha, ao lado de mamãe no sofá.

— O que você tá fazendo aqui? – foi a única coisa que saiu quando bati meus olhos nela.

Mamãe me olhou com sangue nos olhos, e pude jurar ver fumaça saindo de suas orelhas.

— É assim que você trata as visitas, Heeseung? Não foi essa educação que eu te dei.

Forcei um sorriso para as duas, logo mamãe me obrigou a sentar ao lado de Kazuha.

— Irei sair com minhas amigas para jantar, seu pai vai chegar tarde hoje, então chamei Kazuha para lhe fazer companhia. – dizia arrumando suas roupas e pegando sua bolsa da Gucci.

— Eu poderia ficar sozinho, como sempre fiquei, ou simplesmente chamar um dos meninos.

— Não faça desfeitas, Heeseung. – sua cara estava séria. — Vou indo, se divirtam.

As duas sorriram entre si, e eu entendi aquela frase e aqueles sorrisos, suspirando pesadamente.

Assim que a mais velha passou pela porta e a fechou, senti uma mão na minha coxa, deslizando por aquele local.

— Enlouqueceu? – tirei sua mão de lá e me afastei.

— Por que me trata assim, Hee?

— Pra você, é Heeseung.

— Já passamos dessa fase.

— Nunca chegamos nem na primeira fase, por favor, vá embora. – levantei do sofá atordoado. — Não quero te ver e nem ouvir nada do que você tem pra falar, saía agora.

— Você sabe que eu não posso sair e nem você pode me expulsar. – sorriu convencida, revirei os olhos.

— Não ligo, vai embora.