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Depois de estar pronta para as aulas, eu peguei meu celular que ainda estava desligado e desci as escadas, enquanto ligava o aparelho.

-Já sabe o que eu penso sobre isso Matt!- escutei meu irmão dizer e respirei fundo, tentando ao máximo me manter calma, mas meu coração não colaborava muito, era só saber que ele estava por perto que o covarde surtava. Eu precisava de um novo coração.

-Já vou!- me despedi de meu irmão, enquanto fazia de tudo para que ele não percebesse que meus olhos buscavam por seu melhor amigo.

-Tchau!- Harry disse sem dar muita importância.

-Ia embora sem se despedir de mim pequena?!- Matthew apareceu na porta da cozinha e eu sorri, enquanto ele jogava uma lata de cerveja para meu irmão.

-Não sabia que estava aqui!- menti e o loiro sorriu, exibindo suas covinhas perfeitas.

-Agora sabe!- abriu seus braços, chamando por mim.

Meus músculos todos paralisaram, mas fiz um esforço e andei até ao garoto que tinha o dobro do meu tamanho e músculos.

Abracei seu tronco e por instantes senti como se estivesse a flutuar pelo ar, senti vontade de nunca mais soltá-lo e me controlei para não babar em seu moletom.

Eu queria que aquele momento durasse para sempre, mas infelizmente, o som de mais de cinco notificações seguidas em meu celular, assustou não só a mim, como ao Matt e ao Harry.

-Quem é?- meu irmão tentou pegar meu celular de minha mão, mas felizmente eu fui mais rápida ao me afastar.

-Não é da sua conta Harry!- meu coração estava acelerado, eu sabia quem era, sabia bem e por isso não podia deixar que meu irmão pegasse meu celular.

-Ela já tá bem grandinha, deixa ela em paz!- Matt continuava de pé ao meu lado e eu sorri par o nada ao ouvir que ele me achava crescida.

-Isso não vai ficar assim Jessy!- meu irmão me ameaçou e eu revirei meus olhos, só porque estava perto do loiro, pois caso ele não estivesse lá, com certeza meu irmão me obrigaria a mostrar meu celular para ele.

-Tchau Harry!- falei sem olhá-lo.

-Tenha boas aulas baixinha!- o loiro beijou minha testa e eu tive que me conter para não surtar.

Sai de casa e só então me permiti libertar tudo que estava preso em meu peito. Sacudi meu pequeno corpo no ar e soltei um grito estrangulado, antes de respirar fundo, arrumar meus cabelos e começar a caminhar em direção a minha escola.

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