Abri meus olhos assustada e olhei em volta, tentando me localizar.
-Tudo bem?- uma mulher simpática, vestida de branco perguntou ao entrar naquilo que parecia um quarto de hospital.- Quer água?- perguntou e eu assenti, logo recebendo a garrafinha que ela me entregara.
-Ela já está acordada?- um homem calvo entrou no quarto e eu franzi meu cenho.- So um minuto Melany!- pediu ea mulher Afro-Americana assentiu, saindo do quarto.- Oi, mocinha!- o velho sorriu com simpatia e eu sorri de volta.- Qual é seu nome?- perguntou.
-Jessica Turner!- respondi simplemente e ele assentiu.
-Sou o reitor desta universidade! Jessica, o nome do seu irmão é Harrold Turner?- perguntou e eu assenti no mesmo segundo.
-Estou procurando por ele, o menino do quarto que ele mora, disse que não tinha nenhum Harry lá!
-Seu irmão trancou a matricula tem mais ou menos um mês minha querida!
-O quê? Tem certeza?- perguntei sem acreditar e o homem assentiu, ainda calmo.
-Certeza absoluta, eu lembro porque ele insistiu muito que o processo fosse concluido o quanto antes!
Fechei meus olhos e respirei fundo, aquilo não podia ser verdade. O Harry não mentiria para mim.
Me levantei e saí do lugar sem dizer mais nada, eu não queria dizer mais nada, nunca mais.
Eu só precisava de um instante para respirar e pensar um pouco.
Minha cabeça andava a roda e eu caminhava pelos corredores daquele lugar que eu não conhecia e agradeci mentalmente ao universo quando eu consegui, de alguma forma, chegar ao estacionamento.
Meu irmão tinha ido embora, sem me dizer. Eu estava sozinha.
Estava tudo arruinado. Eu estava cansada e a próxima pessoa que se atrevesse a dizer que os adolescentes não têm problemas, com certeza corria um grande risco de ser por mim assassinada.
Estava tudo confuso. Eu não sabia o que fazer, minha mente não se calava e eu estava assustada.
A sensação de se estar sozinha no mundo, era horrível. Lágrimas molharam meu rosto enquanto eu mal enchergava por onde ia.
As pessoas me olhavam, com seus cenhos franzidos, mas nada daquilo me importava, talvez já tivesse importado, ser o centro das atenções etudo isso, em tempos, mas não naquele momento.
Naquele momento, tudo que eu queria era alguém que me pudesse abraçar e dizer que tudo ia ficar bem, como meu irmão sempre fazia, mas ao invés disso, tudo que eu ouvi, foi o som estridente de pneus derrapando no asfalto e só então me senti a colidir contra o asfalto.
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Obsessed
Teen FictionEu podia não conseguir que ele se apaixonasse por mim, mas estava determinada, desde os 10, a fazer com que ele me desejasse, nem que fosse por uma única noite. Claro que eu ser uns quatro anos mais nova que ele e ainda por cima, ser a irmã mais nov...