Epílogo

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Eu literalmente passei o dia inteiro ao volante. Não era a primeira vez que eu vinha para Madrid e por isso já tinha alguns contactos por lá,  contactos que sabiam o quão viciado em correr eu era e que me arranjaram corridas seguidas, corridas que eu ganhei.

Estacionei meu carro novo na porta do hotel e dei as chaves para o porteiro.

Eu não tinha absolutamente nada para fazer além tomar banho e me deitar na cama para ver um filme qualquer e era exatamente isso que eu ia fazer.

Sai do banheiro, com uma toalha enrolada à cintura e franzi meu cenho vendo a ruiva sentada na cama.

-Não te ouvi entrar, como foi?- perguntei procurando em minha mala algo para vestir.

-Foi óptimo, muito obrigada Matt!- disse me olhando e eu sorri.

Quando finalmente achei algo leve para vestir e dormir, a ruiva se levantou da cama e pegou minhas roupas de mim.

-O que está fazendo?- ergui uma de minhas sobrancelhas em sua direção e a ruiva sorriu.

A vi tirar sua blusa e a jogar no chão, assim como tinha feito com minhas roupas.

-Tem certeza disso?- perguntei.

Consentimento é importante, pelo menos teria um ponto a meu favor quando fosse preso por abuso de menor.

-Tenho!- sorriu e sem sequer dar tempo para que ela respirasse, eu tomei seus lábios.

O Harry me mataria se descobrisse, o pai dela me mataria se descobrisse, meu pai me mataria se eu fosse preso, mas nada daquilo importava, não naquele momento.

Me sentei na cama e segurei sua mão, fazendo ela sentar em mim, enquanto eu beijava seu pescoço.

Eu conseguia sentir sua intimidade pulsar em meu membro duro, sendo separados apenas pelo tecido fino de sua calcinha já que minha toalha à muito que tinha abandonado seu posto.

Sem perder muito tempo, eu abri o fecho do sutiã vermelho que a ruiva vestia, com uma de minhas mãos, enquanto a outra segurava sua cintura, a mantendo mais próxima possível de meu corpo.

Jessy sorriu timidamente e eu retribui o gesto sem nem fazer muito esforço, era impossível não sorrir diante de seu sorriso lindo.

Lembrei a mim mesmo que não podia machucá-la e respirei fundo, deitando seu corpo contra a cama.

Seu cheiro embreagou meus sentidos por alguns instantes mas logo voltei a mim, beijando seu pescoço enquanto a ruiva gemia baixo, abraçada ao meu.

Eu queria sentir o gosto de cada canto de seu corpo. O corpo que eu observava, tentando guardar cada detalho, o mínimo que fosse em minha mente.

Abri o zíper de sua saia branca e a joguei no chão, onde o rosto de nossas roupas estavam.

Coberto seu corpo já era bonito, mas nu, era um dilema entre paraíso e inferno, um dilema no qual eu estava disposto a mergulhar.

Senti suas unhas em minha nuca e respirei fundo, me concentrando, eu queria me recordar de cada detalhe daquele momento, para sempre.

Era uma pena para todos os filhos da puta que já tinha chamado a Jessy sem nem tê-la provado. Se a tivessem provado, saberiam que ela era muito mais que gostosa.

-Matt!- a ruiva chamou por mim e eu sorri, subindo meu lábios para os seus e lá os mantive enquanto encaixava meu membro em sua intimidade. Ou pelo menos tentava.

Jessy gritou um pouco na primeira tentativa e eu recuei, parando para olhá-la por alguns segundos.

-Tudo bem?- perguntei para a garota que tinha o rosto e o busto tomados por um tom encarnado. Ela assentiu e eu tentei novamente.

A garota pequena e apertada fechou os olhos com força e apertou os punhos, claramente tentando conter um grito, mas não deu muito certo.

Quando eu finalmente estava dentro dela, só até onde coube, em uma primeira fase, a ruiva gritou e bateu meu ombro antes de aranhar meu pescoço com força.

Gemi baixo, saindo dela e entrando logo a seguir, dessa vez com mais facilidade.

Suas unhas não deixaram meu pescoço nem por um segundo que fosse, e eu sabia que sairia dali bem marcado, mas não me importei.

Beijei seus lábios e segurei uma de suas pernas contra a cama, me preparando para acelerar os movimentos.

E mais uma vez, lembrei a mim mesmo de não machucá-la. Jessy era pequena, não podia me dar ao luxo de ser muito bruto com ela.

Acariciei seu rostinho suado e sorri sozinho.

Eu a amava. Não existia nunhuma dúvida disso.

...

-Nosso voo sai em uma hora e meia, dá tempo para nos despedirmos do Harry!- falei para a ruiva que tinha a cabeça em meu peito e a escutei suspirar profundamente.

Já tinha amanhecido há algum tempo, mesmo que ainda fossem seis da minha.

-Matthew!- chamou meu nome em voz baixa e eu franzi meu cenho.- Eu não vou!

-Não vai se despedir do seu irmão?- perguntei sem entender e arrumei minha posição na cama, a forçando a fazer o mesmo.

-Eu não vou voltar com você!Vou ficar aqui, com meu irmão, já falei com meus pais, tá decidido!

-Jessy! Sabe que eu não posso ficar aqui preciso voltar para cuidar da minha mãe!

-Não pedi que ficasse Matt!- falou sincera e eu neguei com a cabeça sem acreditar.

-Então acabou?- perguntei. Foi a primeira coisa que apareceu na minha cabeça, o que era estúpido, pois não tinha nada para acabar.

Nada tinha começado.

Algo existia, claramente, mas era algo que nenhum de nós tinha o poder de acabar.

-Ei, não chora, eu prometo que venho te ver, sempre que puder!- a abracei contra meu peito.

Seu abraço com certeza seria para sempre meu lugar favorito.

-Desculpa príncipe!

-Tudo bem princesa, eu entendo!- beijei seus lábios.- Eu te amo!- as palavras simplesmente deslizaram para fora da minha boca sem que eu nem mesmo estivesse pensando nelas.

A ruiva sorriu, riu um pouco e beijou meus lábios.

-Eu te amo mais!- disse voltando a se deitar em meu peito. Eu não queria que ela saisse de lá nunca mais. Mas infelizmente nem sempre temos o que queremos.

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