Um

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Katherine Grant

Eu estava tendo um sonho bom. O melhor sonho que eu já tive em toda a minha vida. Um campo de flores como o campo de tulipas de Holanda. Mas como tudo bom da vida, isso acabou com a minha porta sendo esmurrada, eu abro os olhos vendo a cama da minha colega vazia e arrumada.

- Droga, dormi demais - eu falo sem olhar no relógio, apenas sei porque só tinha eu no quarto onde dormem dez mulheres.

A porta é novamente esmurrada enquanto eu corria pelo quarto procurando meu uniforme, pela minha sorte estava mais fácil do que eu imaginei, estava na pia do banheiro. Quando a porta se abriu eu estava na frente da porta do banheiro em posição.

- Katherine Grant - o homem fala ficando bem próximo de mim.

- Sim, senhor.

- Só porque é a sua graduação você acha que pode perder a hora - eu cravo as unhas na minha mão para não fazer algo que eu me arrepende depois.

- Não, senhor.

- Não me faça me arrepender de te liberar em cinco meses em uma merda de treinamento que dura dois anos no mínimo - o mesmo grita.

- Não vou, senhor.

- Quatro voltas na ilha - o mesmo diz e eu faço com a mão na testa em saudação.

- Sim, senhor - eu saio da formação já correndo até a porta.

- Katherine Grant - o mesmo chama me fazendo parar e o olhar - Feliz aniversário!

- Obrigada, Senhor Winter.

- Agora vai - o mesmo me joga meu celular e fones.

- Sim, senhor.

Eu nunca, NUNCA, na minha vida todinha eu imaginei que iria parar em uma ilha que é usada para treinos de novos agentes da Interpol. Enquanto eu corria pela praia eu coloquei os fones logo ouvindo a voz do Mitchel Cave (vocalista do Chase Atlantic).

Correr nunca foi o problema, eu sempre corria para esquecer meu problemas, o problema era que a ilha tem uma parte rochosa e eu teria que escalar e descer mais quatro vezes o que totaliza quatrocentos e vinte e cinto vezes que eu subi e desci a parte rochosa dessa maldita ilha. Mas graças a Deus o senhor Winter me treinou tão bem que eu vou ser a agente com menos treinamento da Interpol.

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Quando eu já estava na terceira volta e na parte mais alta da ilha eu vejo um Helicóptero passa por mim, quase me levando junto com eles, por apenas um segundo eu vejo o rosto de alguém familiar, mas não lembro de onde.

Eu decido descer e terminar minha última volta, o que aposto que foi a volta mais rápida que eu já fiz de todas as voltas que eu já fiz. Quando terminei eu continuei correndo até chegar nas escadas que separa a areia do prédio de sete andares pela minha sorte um dos meu irmãos estava ali segurando uma cesta com café da manhã e uma toalha.

- Eai, pirralha - ele diz e joga a toalha em mim.

- Que foi? Mimado da Sonserina - eu respondo o acompanhando até a mesa de xadrez que Simon como mesa para lanchar.

- Que foi? Não quis perder o habito de irritar o pai? - ele me entrega a garrafa térmica com o café de fuzileiro, como chamamos.

- Ele sempre se irrita com tudo, eu só virei o motivo maior - eu falo abraçando minhas pernas e tentando regular minha respiração antes de comer.

- Mas sua última volta foi mais rápida do que as outras - ele comenta.

- É que eu quase fui acertada por um helicóptero, e fiquei curiosa para saber quem era.

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