Sete

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- Quem é? - o Simon pergunta sentando no meu lado no avião e apontando para a tela do computador.

- Você sabe quem é - eu falo fechando o computador - aliás, qual é a nossa missão?

- Ajudar sua irmã a prender um maluco que está matando geral na Rússia e até mesmo a máfia pediu ajuda para ela - ele diz e me entrega uma pasta.

As fotos dos corpos fizeram meus olhos arderem um pouco fazia tempo que eu não via uma foto dessas, eu peguei a caneta da mão dele e circulei o braço do corpo da primeira foto, então na segunda, terceira até a nona e última foto.

- O que é isso? - o Simon pergunta olhando as fotos mais de perto.

- Não sei, mas seja o que for, foi feito depois da morte, é a assinatura do assassino, além do jeito que ele corta as vítimas, aposto que ele ficou com alguma parte delas - eu falo e ele me olha confuso.

- Como sabe? Você ainda nem leu o relatório do legista.

- É que dá para ver que a barriga das vítimas estão murchas, então isso pode ser que um órgão estejam faltando - eu falo escrevendo no bloco de papel amarelo e no fim desenhando uma flor como eu sempre fazia.

- Uma perfiladora, é sempre é uma perfiladora - ele diz me fazendo rir.

- Você não faz ideia - eu me levanto indo pegar um copo de café para mim.

O avião que pegamos é particular, os bancos de couro branco e bem iluminado pelas janelas, antes da cabine dos pilotos tem um lugar para fazer café e o banheiro.

- Espera, você já me perfilou?

- Não - eu falo e ele sabe que é mentira - Tudo bem, sim.

- E?

- O que? - eu o olho - Não vou falar, senão você vai mudar suas ações e vai ser um saco te perfilar de novo.

- Como assim?

- Você tem manias, quando está mentindo, ou falando a verdade, quando está nervoso, ou com raiva - eu falo passando por ele e me sentando em frente ao computador.

- Que manias? - eu nego - só um e eu paro de te encher o saco.

- Ta, tudo bem - eu me arrumo no banco ficando de frente para ele - Quando você fica nervoso você cutuca a unha do seu polegar - eu falo imitando o que ele fazia e estava fazendo agora.

- Eu não faço isso.

- Está fazendo agora - eu aponto para a mão dele - Porque está nervoso? É por minha causa?

- Eu nã...- ele limpa a garganta - Eu não estou nervoso!

- Percebi.

Eu falo e abro meu computador, a imagem do satélite ainda estava aberta e a bola vermelha que indica que tem alguém vivo no lugar, a bola vai até a sala e para no sofá e então sai do apartamento.

- Não é sua culpa - o Simon fala do meu lado.

- eu sei, mas mesmo assim eu sinto que é - eu fecho a imagem quando a bola vermelha está no estacionamento do prédio - mas aconteceu, tudo que eu posso fazer agora é o meu trabalho.

Eu volto a ler sabre as vítimas e a fazer mais anotações sobre elas. Quando pousamos na Rússia estava de noite, o Simon dormia que nem o bebê deitado no meu colo depois que ele se acalmou do medo de altura dele, acho que dormir juntos meio que virou um hábito, eu não me importo, só mostra que ele confia em mim a ponto de ficar vulnerável ao meu lado.

- Simon - eu sacudo ele, mas ele resmunga e puxa o cobertor cobrindo sua cabeça – Simon! - eu chamo e ele me olha – Chegamos a uns vinte minutos.

- Já? - ele se senta no banco com o cabelo todo bagunçado.

Just Like FireOnde histórias criam vida. Descubra agora