Quatro

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Já estávamos no subterrâneo, assim que o elevador se abriu Aidan estava com um pé dentro da maldita caixa de metal, se não pegássemos ele ali, ele iria dar um jeito de sumir e nunca mais veríamos ele de novo.

Eu olhei para o Steve que me olhou e assentiu.

- Cas? A gente vai tentar pegar ele - eu falo me preparando para correr.

- Não é ele, Kat - a voz do Simon aparece me fazendo ficar confusa com a informação.

- Como assim? - o Steve pergunta.

- É ele, o cara é fuça do Aidan – eu completo concordando com o Steve.

- Alguém nos entregou, o cara nem ao menos chegou perto da festa, quem está aí é o irmão mais novo dele - eu começa a batucar.

- Genética boa que eles tem, nem notei a diferença- eu falo vendo a porta de ferro maciço se fechar.

- Katherine vocês tem que sair daí, agora, esse prédio não é seguro.

- Eu sei, é por isso que eu tenho um plano - eu volto para o elevador - Cas, onde fica aquela sala com os carros antigos?

- Segundo andar - eu aperto o botão do elevador assim que entramos no elevador enquanto o Steve me olhava confuso.

Assim que chegamos eu peguei a chave do carro mais perto da janela e o empurrei para o mais longe possível da janela, com a ajuda do Steve. Não demorou muito para eu estar dentro do carro com o Steve do meu lado de cinto, eu ligo o carro que fez o barulho ecoar pelo lugar, deixando os outros carros com inveja.

- Se eu estiver certa, vamos parar são e salvos no estacionamento - eu falo vendo o estacionamento pelo janela do prédio.

- E se você estiver errada? - o Simon e o Danny perguntam no meu ouvido.

- Não vamos ter pensamentos ruins, vai dar certo - eu falo pisando no freio.

- Kat, você ter certeza? - o Steve pergunta.

Eu o ignoro focada demais em não matar ele ou a mim mesma. E então eu acelerei como se minha vida dependesse disso, e dependia mesmo. O carro saio do andar voando, o barulho de vidro e o Steve estava de olhos fechados agarrado ao cinto de segurança.

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- KATHERINE....KAT VOCÊ ESTÁ OUVINDO? - eu ouvi alguém gritando no meu ouvido, mas pareceu distante pelo chiado no meu ouvido.

- Cala a boca.

- Kat, você está bem? Droga - o Steve diz me olhando e olhando para o meu braço.

Eu olho para meu braço onde eu senti algo quente escorrer, um pedaço de vidro estava cravado ali, eu respirei fundo e tirei logo reclamando de dor.

- Você vai se matar, não tira assim - o Steve diz pressionando um pedaço de pano na ferida.

- Temos que sair desse carro - eu falo abrindo a porta vendo o Draco saindo de uma vã preta e cindo até mim - Nossa, que clichê!

- Acho que eu ganhei a posta, certo Danny? - o Draco diz enquanto me ajudava a sair do carro.

- Tanto faz - foi a resposta que ele recebeu.

Ele me leva para a vã, o Steve estava confuso sobre o porquê ainda ele estava ali, mas a verdade era que éramos iscas e por isso o Simon teria que tentar pegar o Aidan, só não achei que daria certo, agora eu estava ficando nervosa sem notícias dele.

- Seja paciente, ele já vai dar notícias.

- Sabe muito bem que eu não sou paciente - eu respondo antes de reclamar de dor.

- A bomba foi contida, não tem mais perigo - o Cas diz no ponto e eu me jogo em uma cadeira.

Foi quando o barulho dos carros de polícia e ambulâncias fizeram presente, o Draco leva a vã para onde eles estavam, para mim levar pontos e para tentar contato com o Simon.

- Pegamos ele - o Simon disse se referindo a ele, Chin e Kono. Eu já estava levando pontos ali mesmo na ambulância.

- Trabalho em família sempre funciona - eu falo sozinha fazendo o paramédico me olhar estranho.

Eu tiro meu ponto o deixando pendurado no meu ombro, e então fecho os olhos sentindo a agulha passar a linha na minha pele, eu sempre gostei de ver pessoas sendo costuradas em cirurgias, mas quando você é costurada não é tão legal.

- Vou te dar morfina, isso vai doer quando a adrenalina passar - o paramédico assim que eu vejo o Simon chegando de moto com o Chin.

- Não, sem morfina - eu falo e o mesmo olha para mim e apenas assente.

- Tudo bem.

Eu desviei o olhar enquanto ele fazia um curativo para não deixar os pontos a mostra, ele desce da moto e começa a olhar ao redor procurando alguém até que a Kono o segura pelos ombros o virando para mim e quando ele me olha ele sorri em seguida respirando fundo, eu finjo que não o vi fechando os olhos.

- Você está bem? - ele pergunta se encostando na porta da ambulância.

- Tirando o fato do cheiro me fazer querer vomitar, sim eu estou bem - eu o olho.

- Isso é bom - ele responde - Eu vou te levar para o hotel - ele diz e eu sorrio.

- Eu posso ir sozinha.

- Eu acabei de te costurar, é melhor não dirigir por enquanto - o paramédico diz e eu o olho.

- É melhor você nunca mais dirigir, você sabe que uma pessoa é louca quando ela usa um carro para pular de um prédio, você é o que? 007? - o Danny diz chegando perto e sacudindo as mãos - Você e o Steve tem que ficar longe um do outro, vocês vão acabar se matando! Ou pior destruindo o Havaí todo.

- Espera, você pulou de um prédio em um carro? - o Simon pergunta e eu assinto enquanto o paramédico enfaixava meu braço - Você sabe que não é o James Bond?

- Ele é sempre assim? - o Steve pergunta.

- Sim, ele é - o Chin responde me fazendo rir.

- Estamos bem, então não entendo porque estão surtando com isso - eu falo arrumando o meu vestido que estava todo resgado.

- Ótimo, que bom que estão bem, mas poderiam não estar, também tem o fato de se fazerem de isca e não dizer para nenhum de nós foi idiotice - o Danny fala.

- Isso não foi só culpa minha, decidimos isso antes de sairmos, era só questão de segurança, o plano A era entrarmos e saímos, mesmo sem o Aidan, e o plano B era entrarmos, sermos descoberto, torcer para que o Aidan seja burro o suficiente para colocar uma isca para a gente e achar um jeito de sair - eu falo pegando minha bolsa da mão do Draco.

- E tem um plano C? - o Steve pergunta.

- Tem, mas acho que os planos depois do B ficam radicais demais para dizer - o Cas responde.

- Então podemos ir? Quero desfrutar da banheira do hotel - eu falo caminhando com o Simon para um carro.

Não demorou muito para chegar no hotel, no caminho eu fiquei tão quieta que pude ouvir meu coração e sentir o sangue fluir nas minhas veias, a adrenalina que eu estava passando, e por isso meu braço começou a doer. Quando desci do carro o vento bateu no meu rosto fazendo meu olhos arderem por conta do sal da praia, eu segui para o hotel com o Simon atrás de mim, eu não liguei para ninguém no caminho nem mesmo para o senhor Winter querendo conversar sobre algo sério, Quando foi que ele voltou? Mas eu ignoro dizendo que eu estava cansada, então eu entrei no meu quarto tomei um remédio para dor que me fez capotar depois de me trocar e me jogar na cama (nem deu tempo de usar a bendita banheira).

Foi um dos sonhos mais doces que eu tive. Acho que drogas medicinais são uma benção, sabendo como usar.

Just Like FireOnde histórias criam vida. Descubra agora