22.

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— Te achei docinho.- sua cabeça se inclinou para o lado me olhando.- Não achei que seria tão fácil assim.- me pegou pelo pulso não colocando muita força, me puxando para fora dali.
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Fui colocada dentro de uma van grande preta a mais ou menos uma hora atrás. Até seus vidros eram pretos, então não dava para ver nada do lado de dentro e do lado de fora. Apenas o motorista tinha como ver algo.

Ao meu redor de onde eu estava sentada, tinha várias armas, e até espadas e facas. De vários tipos e vários tamanhos. Sério, quem usa espadas?!

Vi um homem se aproximar saindo de um dos bancos e se sentando ao meu lado. Além do motorista, ele era o único que estava ali. Então havia apenas três pessoas dentro da van.

Ele ficou me olhando por minutos, até abrir sua boca para falar algo, mas a fechou novamente, deixando de lado. Resolvi falar alguma coisa, já não aguentando mais.

— O que você quer?- ele ergue as mãos em rendimento, e negou.

— Não quero nada, senhorita. Apenas te ajudar.- disse fazendo eu o olhar.

— Ajudar com oque? Porque pelo que eu saiba, VOCÊ me colocou aqui.- ele realmente parecia ser legal. Balancei a cabeça apagando esse pensamento.

— Senhorita, eu não queria te trazer aqui, muito menos receber ordens do Dylan. Você parece ser alguém legal.

— Quem é Dylan? É aquele que me pegou no escritório?- ele concordou se arrumando mais no banco.

— Sim.

— Ok, mas por que quer me ajudar?- poderia não parecer, mas eu estava com medo, medo do que poderia acontecer.- ele olhou para os lados, verificando se não havia mais ninguém mesmo, e chegou o rosto mais perto de mim.

— Eu...eu conheço a dona Eilish, ja trabalhei para ela. Ela é gente boa, mas parei de a ajudar quando descobri que minha mulher ia ter dois filhos. Aí tive que parar, e quando meus filhos nasceram, não tinha mais como eu voltar, e tive que decidir trabalhar para o Dylan. Ele nunca nos tratou bem, e o salário que ele nos dá também não é dos melhores, ao contrário de dona Eilish. Está difícil sustentar quatro pessoas em uma única casa, com pouco comida, e poucas condições. Eu não sei mais o que fazer.- começou se abrir comigo, me fazendo ter pena.- Então eu quero lhe ajudar, quando ia na casa da casa de Billie escondido, apenas para colocar o "papo em dia", ela me falava de você, e eu via o brilho em seus olhos quando tocava no nome da senhorita.

— Oh...- não sabia exatamente o que dizer a respeito do que ele disse sobre Billie, muito menos sobre sua condição de vida. Ele estava com um olhar triste, assim como eu.- Eu agradeço, de verdade. E eu sinto muito.- quando vi que seus olhos se inundaram de água, o abracei de lado, e ele fez o mesmo.- Vou tentar fazer o possível para te ajudar assim que eu voltar.- sussurrei para que só ele pudesse ouvir.- Mas, eu ainda não sei seu nome.- o soltei olhando em seus olhos.

— Meu nome é Oliver, senhorita.

— Por favor, não me chame mais de senhorita. Apenas pelo meu nome está bom. Ok?

— Tudo bem, me desculpe.- quando ele ia falar algo a mais a porta da van foi aberta bruscamente, revelando um outro homem com roupa toda cinza. Ele entrou e me pegou pelo braço me puxando, olhei pela última vez pra Oliver que me olhou com pena, dei um sorriso fraco para o homem.

...
Estava dentro de um quarto eu acho que mais de três horas, e ninguem veio me trazer água ou comida, eu estou morrendo de fome e sede!

O quarto não era nada exagerado e grande, apenas um cama de solteiro do lado da janela, que tinha barras de ferro, tinha uma cômoda no outro canto perto da porta que entra no quarto, e haviam duas algemas de ferro com uma corrente penduradas em uma das paredes. O quarto tinha apenas uma lâmpada minúscula no meio do teto, iluminando nem metade do lugar. 

Aquele lugar estava fedendo, um cheiro de sangue velho com outra coisa. Nao sei quem esteve ali, mas não teve um final bom.

Estava anoitecendo e eu estava com muita fome, não estava aguentando mais. Escutei o barulho da porta se abrindo e me virei na cama. Para minha surpresa, quem passou por ela foi Oliver. O mesmo estava com uma bandeja grande nas mãos, cheia de comidas e bebidas.

Fui em sua direção correndo ver oque tinha a minha espera.

— Desculpe não vir mais cedo, Sn. Não deixaram.- eu concordei não dando muita importância, pegando uma das coxas de frango de um dos pratos e comendo. Me sentei no chão bebendo o suco de maracujá que estava no copo.

— Sabe me dizer que horas são?- perguntei fazendo ele tirar seu olhar de algum canto para vir até mim.

— Seis e meia. Daqui a pouco te levo para tomar banho.- concordei e continuei com o que estava fazendo. Comer.

Eu estranhei que eu até agora não chorei nada, nem sequer uma lágrima. Adulta, Haha!(N/A: KKKKKKKKKKKKKKKKKKK meu deus. Desculpa, eu ri dessa parte.)

...
Já tinha terminado de comer e Oliver estava me levando a algum banheiro pra eu tomar banho, junto eu estava segurando, uma toalha, duas trocas de roupa que não sei de onde tiraram, escova e pasta de dente, e itens para o cabelo. Chegamos em um banheiro que não era grande, médio.

— Sn, tome banho rápido. Daqui a trinta minutos eu irei vim lhe buscar.- o olhei indignado com o pouco tempo de banho. Fala sério, com o estado que eu estava, no mínimo era duas horas de banho.- Desculpe, mas foi o tempo que me deram pra vir te buscar. Não é como se eu que decidisse.

— Tudo bem. Obrigada.- sorriu de lado e saiu. Fechei a porta e tranquei. Tirei minhas roupas já ligando o chuveiro.

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Terminei meu banho e de escovar meu dentes e estava esperando para vir me buscar. Ele disse em trinta minutos, mas eu estava quase a uma hora o esperando.

A roupa que me deram não era nada confortável, era muito desagradável na verdade. Era MUITO curta, e eu não curto muito roupas assim. 

Estava cansada de esperar por Oliver e fui andando pelo corredor para chegar no meu quarto. O encontrei e entrei, quando ia trancar a porta lembrei que só trancava por fora. Mas que saco!

Cansada, apaguei a única luz e fui em direção a cama, que o colchão era mais duro que pedra me deitando. Virei pro lado da janela me incolhendo na cama. Antes de eu dormir, senti uma lágrima solitária escorrer pela minha bochecha esquerda.
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É isso. O que acham que vai acontecer no próximo capítulo?!
Beijocas!😘

You are MY girl... [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora