28.

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Pov Sn.

É hoje. Hoje é o dia que eu irei me casar, e não estou nem um pouco feliz, na verdade. Eu até poderia estar, mas não estou realizando esse sonho com alguém que gosto, e sim com um simples desconhecido para quem minha mãe me vendeu.

Eu nunca esperei na minha vida toda, que a minha própria mãe poderia me vender a troco de dinheiro. Muito dinheiro.

Dylan, esse era o nome dele. Ele é bonito, mas não é quem eu queria.

Seus olhos castanhos nem se compara aos azuis que tanto gosto, ao cabelo brilhoso e cheiroso que tanto gostava de rastejar meu nariz, os lábios mais deliciosos e carnudos que mais me agradavam.

Eu queria ela ali, comigo. Queria que tudo isso fosse um sonho mal sonhado e que eu acordasse e recebesse a notícia que eu já poderia subir no altar com ela me esperando em cima dele.

⟩⟨

O vestido branco já está posto em meu corpo, se encaixando perfeitamente á ele. A maquiagem clara que combina até demais com o vestido. Duas mechas do cabelo pegadas e prendidas atrás e com algumas tranças.

Me olho no espelho e gosto do que vejo e abro um sorriso, mas depois o desfaço lembrando o que vem a seguir.

— Senhora, já está pronta? Precisamos ir.- um homem entra depois de bater na porta, já falando. Apenas aceno com a cabeça positivamente e ando devagar. — Está vindo um carro lhe buscar. Espere só um minuto, por favor.- antes de ele sair o para segurando seu pulso.

— Desculpa, mas, aonde irá ser o casamento?- em seu rosto transparece confusão com minha pergunta.- Eu até me esqueci, com toda essa correria.- dá-me um sorriso.

— Sim, entendo. Será em uma das praias, senhora.- concordei. O deixando finalmente ir.

Minutos depois para um carro em minha frente, ele era muito bonito, uma limousine. Era branca.

Seguro meu vestido entre os dedos para não arrastar no chão e ando em direção a porta, e entro. O interior era gigantesco. Tinha um banco  em cada lado grande, era branco com detalhes em preto. No centro tinha uma mesa de vidro comprida, com algumas bebidas, álcool.

Me sento em um dos bancos e termino de olhar ao redor. Aproveito e pego um copo enchendo com vinho que tinha ali. Nunca fui muito de beber, mas de vez em quando... Então acaba que nunca sei qual vinho era caro, bom ou barato.

Encho minha taça pela quinta vez e viro com tudo. Eu não estava bêbada, apenas um pouco alterada. Sei disso. Senti minha cabeça rodar quando a limousine parou.

Sem mais espera, um homem abre a porta me dando a mão e saio. Travo assim que chego na ponta do tapete e vejo um monte de gente presente ali. Respiro fundo tentando não tombar para o lado. Está tudo girando. 

O padre está me tirando dos nervos de tanto que fala. Tento prestar atenção mas é impossível. Olho de canto e Dylan está me encarando.

— Irei perguntar só mais uma vez.- sussurrou para que só eu escute.- Você bebeu vindo 'pra cá?!

— Eu...- fui cortada pelo soluço repentino.- Um p-pouco, talvez.

— Você, Dylan Smyth, aceita Sn Jones como sua legítima esposa. Para ama-la e respeita-la, na saúde e na doença, até que a morte os separe?- padre fala de uma vez cortando nossa conversa discreta.

— Aceito.- ficamos de frente um para o outro.

— E você, Sn Jones, aceita Dylan Smyth como seu legítimo esposo. Para ama-lo e respeita-lo, na saúde e na doença, até que a morte os separe?- a pergunta feita a mim foi como um baque, não sabia o que dizer, embora fosse uma palavra, simples e curta não saia.

Meu mundo parou, apenas silêncio.

Silêncio...

Silêncio...

Silêncio...

Silêncio...

Silêncio...

TIRO!

Foi o que precisou para me trazer de volta a realidade. Pisquei repetidamente olhando em volta vendo pessoas correndo, gritando e outras atirando. Mas, atirando em quem?

Olhos azuis.

Olhos azuis 

Olhos azuis.

Olhos azuis foi o que encontrei quando comecei a correr nao sabendo 'não sabendo para onde, me distanciando de Dylan. Olhos azuis, fez-me travar e depois sorrir de orelha a orelha.

Tento correr até ela, mas sinto minha cintura ser puxada com força, me batendo no corpo de alguém, olho e é ele.

Escuto mais e mais tiros por toda a parte. Olho para o lado e Dylan está segurando uma arma apontada para Billie. Antes de apertar o gatilho, grito:

— BILLIE!

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Acabou. Beijocas pra todos.🤍🤍


















Mentira, não é final não. Bem que poderia, mas não é.
O próximo capítulo irá sair esses dias, esperem.

You are MY girl... [G!P]Onde histórias criam vida. Descubra agora