Consequências

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P.O.V. Liliana.

Estou perdida. Eu fui presa preventivamente seja lá o que for isso, enfim depois de ter sido interrogada pelo senhor Burkhart os guardas trouxeram-me para uma cela onde estou já a algum tempo e ei de ficar até ser processada. Deus, o que ão de fazer comigo? Imagino que depois de ter matado minha madrasta e ter dado uma demonstração pública dos meus poderes eles vão me condenar por bruxaria. E as opções não são muito boas. Posso ser amarrada á uma pedra e jogada no rio, condenada á forca ou pior á ser queimada viva em praça pública.

Dizem que serei julgada, talvez o feitiço de minha mãe funcione á meu favor nem que seja para me dar um pouco mais de tempo para pensar numa saída. Estar presa não é tão terrível quanto pensei que seria. Estou aqui á quase um dia inteiro e nenhum torturador foi enviado para me arrancar uma confissão, eles servem três refeições ao dia embora a comida não seja das melhores e ás vezes o senhor Burkhart me trás uns sanduíches muito apetitosos porém salgados demais. Depois de dois dias na cela um senhor usando uma camisa branca e vestes pretas veio me ver disse que era defensor público.

-Defensor Público o que é isso?- Questionei.

-Sou seu advogado, estou aqui para te defender no processo. Mas, para termos chance de ganhar eu preciso da verdade, toda ela. Não me esconda nada Liliana.- Disse o homem.

-O senhor Burkhart. Eu só confio no senhor Burkhart.- Afirmei.

P.O.V. Nick.

O defensor público me chamou e eu tive que confirmar a história dele para a Princesa, só depois que eu assegurei que o advogado estava lá para ajudá-la foi que ela realmente começou a conversar com ele. Espero que ela seja inocentada, embora eu ache difícil isso acontecer. Especialmente no caso dela que foi pega em flagrante e há várias testemunhas que podem afirmar que Liliana assassinou Cláudia.

P.O.V. Robert.

Meu nome é Robert Cohen, eu sou defensor público á trinta anos e essa é a primeira vez que uma cliente minha alega ser culpada de bruxaria. A história que ela contou parece algo saído de um filme de terror barato ou um conto de fadas macabro. É difícil acreditar que uma moça tão jovem, tão bonita, com esses olhinhos tão doces tenha cometido um crime desses.

-Olha, podemos alegar insanidade. Se fizermos isso você não vai presa, mas pode ser condenada á passar um tempo em alguma instituição psiquiátrica. Podemos dizer que você teve um surto psicótico e acabou acidentalmente matando a sua amada madrasta.- Expliquei.

-Mas, Cláudia não me amava. E eu não a amava.- Liliana disse.

-Eu sei, mas o júri não. Se conseguirmos convencer o júri de que você amava sua madrasta e que por uma fatalidade, uma doença mental você acabou acidentalmente matando ela sem estar no seu juízo perfeito isso é ótimo.- Falei.

P.O.V. Liliana.

Mentir diante de um tribunal e diante de Deus? Essa ideia não me agrada, mas se é o que tenho que fazer para escapar da forca então que seja. Eu fiquei meses presa nesta cela, sendo instruída pelo senhor Cohen sobre como me comportar, o que dizer, como me vestir para poder ser inocentada ou ter a minha pena mitigada e amanhã é o Grande Dia. E que Deus me perdoe e me proteja.

Branca de Neve e o GrimmOnde histórias criam vida. Descubra agora