O Demônio de cabelos escuros

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P.O.V. Lily.

A criatura em forma de homem estava lá parada do lado de fora da minha cela, ele usava camisa social, um terno e gravata pretas que lhe assentava muito bem e carregava uma bengala de madeira embora não me pareça que a use por necessidade. Seus sedosos cabelos negros iam até um pouco abaixo dos ombros e estavam amarrados para trás. Fosse ele o que fosse parecia um homem, mas com certeza não é humano não se passaria por um humano nem se tentasse. Ele caminhou até a porta da minha cela e cuidadosamente tocou a barreira como se soubesse que ela estava lá.

-Você é uma bruxa extraordinariamente talentosa assim como a sua mãe.- Disse a criatura.

Levantei-me da minha cama e fui encarar aquele ser que tinha a tez tão pálida, engraçado a pele dele é tão pálida quanto a minha. O aspecto de sua pele é muito parecido com o da minha.

-Quem é você? E o que acha que sabe sobre mim? Sobre minha mãe?- Perguntei enfrentando aquele demônio.

Ele sorriu e pude ver seus dentes tão brancos e pontudos foi bastante assustador. A maneira como sorriu foi como se soubesse de algo que eu não sabia.

-Oh, minha querida Liliana eu conheci a sua mãe á muito tempo. Eleonor tinha mais ou menos a sua idade quando nos encontramos pela primeira vez e ela era estonteante, uma jovem bruxa extremamente talentosa, curiosa que tinha fome de Poder. A sua mãe era uma pessoa realmente notável e complexa. Podia ser uma mãe e esposa amorosa, mas ela não tinha medo de sujar as mãos e fazer o que quer que fosse preciso para ter mais poder, ela sabia ser impiedosa quando precisava.- Disse o demônio.

-Eu sei o que fez com Anitta. Você... a atacou, aproveitou-se dela, você a violou!- Protestei sem ter medo de demonstrar a minha irritação.

Ele riu como quem ri de uma criança que faz uma suposição errada.

-Vai dizer que não?!- Eu disse.

-Eu não preciso daquela menina para nada. Não preciso de um herdeiro, até porque eu já tenho um. Devo dizer, herdeira.- Disse o demônio.

P.O.V. Desconhecido.

Vi uma ruguinha nascer entre suas sobrancelhas, Liliana ficou confusa por um momento. Mas, rapidamente espantou a confusão.

-Está mentindo. Anitta me contou tudo sobre o homem que a atacou, aquele que ela chamava de Mestre disse que ele se forçou nela, que toda noite ia até seus aposentos para... violá-la, disse que o homem pálido, frio de cabelos escuros a queria engravidar. Os médicos a examinaram, comprovaram que alguém a violou.- Disse Liliana.

-Sim, alguém a violou, mas não fui eu. Eu não preciso me forçar em uma mulher, elas vem porque querem. Eu sou Apotampkin, tenho caminhado por esta terra a milênios e fiz muitos outros a minha imagem e semelhança tanto que o meu nome por muito tempo foi sinônimo da minha raça. Eu sou Apotampkin, O Frio. E eu tenho sim uma herdeira, a minha herdeira é você. Liliana Hoffman.- Confessei.

Imediatamente ela negou com a cabeça e pôs se a dizer que ela era filha do Rei Frederick Hoffman. Eu ri.

-Não. Meu sangue é o que a torna tão poderosa, tão bela. É claro que o feitiço de sua mãe ajudou e a fez ainda mais poderosa e bela, Eleonor te deu o Poder para se proteger, o poder de fazer Reis se ajoelharem diante de ti, brigarem por você. Mas, esta tua tez pálida, a pele gélida e o charme ampliado mil vezes pelo feitiço de Eleonor você herdou de mim e logo será a criatura mais poderosa que o mundo já viu. Será... imortal.- Falei.

P.O.V. Liliana.

Não vou fingir que isso não me agrada, não vou dizer que não quero ser jovem e bela para sempre ou que não quero ter poderes imensuráveis porque eu quero. Quero ser forte o suficiente para me defender, para que ninguém possa me ferir nunca mais. Poderosa o suficiente para defender as pessoas que amo, meus amigos e futura família.

-Digamos que eu acredito em você. Sabe quem ou o que feriu a minha amiga?- Perguntei.

-Sei. Seu nome é Alastor ele foi a minha primeira progênie. Ele ficou sabendo que eu consegui ter um herdeiro, um filho e decidiu que queria o mesmo está tentando á séculos e até agora não teve sucesso.- Disse Apotampkin.

-E como eu o mato?- Questionei sem fazer rodeio.

O homem pálido sorriu como se se orgulhasse de mim. Então ele me disse o que ele era e como matar aquele tal de Alastor, depois de descobrir isso eu dormi o resto da noite e no dia seguinte Nick veio me visitar e eu contei tudo a ele.

-Vampiros? O homem que atacou e violentou sua amiga é um vampiro?- Perguntei.

-Sim. Apotampkin é um tipo de demônio que se alimenta de sangue e energia sexual, ele seduz as vítimas, tem relações com elas enquanto bebe o seu sangue. Não mata imediatamente, ele drena a vítima lentamente e ela vai definhando até morrer. Para matar um deles precisa cortar fora a cabeça ou perfurar o coração, mas não é fácil já que eles tem uma força incalculável, uma velocidade inestimável e tudo o que há neles é... convidativo. Podem muito bem seduzir você enquanto os caça.- Eu falei.

P.O.V. Nick.

Vampiros? Isso sim é outro nível de maluquice, mas considerando a estrada até agora... tudo o que eu já vi, vivi e matei eu já não desacredito em nada. E se esta coisa está violentando e matando mulheres então... seja o que for tem que morrer. Felizmente Lily recebeu alta hoje ao fim da tarde, portanto fomos para casa chamamos a cavalaria e começamos a bolar um plano.

Branca de Neve e o GrimmOnde histórias criam vida. Descubra agora