A Outra

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P.O.V. Liliana.

Eu a reconheço de um dos retratos que encontrei sob a cômoda no quarto do senhor Burkhart. As feições, os cabelos cor de fogo. Ela é...

-Você é a senhora Burkhart. Juliette.- Eu disse absolutamente surpresa em vê-la viva.

-Mas, quem é você e o que faz na minha casa?!- Ela perguntou indignada.

-Sou a Princesa Liliana Hoffman e eu moro aqui agora.- Respondi.

P.O.V. Juliette.

Uma Princesa? Na minha casa e onde diabos está o Nick? Quando comecei a fazer perguntas a tal Princesa me respondeu tudo o que eu queria saber. Ao que me parece fui dada como morta e todos seguiram com suas vidas inclusive o meu namorado. Mas, para mim é como se eu tivesse partido ontem e eu não me lembro de ter... morrido ou quase morrido neste caso.

-Suponho que eu deva chamar o senhor Burkhart. Com licença.- Disse a garota subindo as escadas correndo.

P.O.V. Nick.

Eu estava no quarto sem dormir quando de repente alguém bate á porta. 

Abri a porta para encontrar a princesa que ao ver que estou sem camisa virou o rosto e olhou para baixo

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Abri a porta para encontrar a princesa que ao ver que estou sem camisa virou o rosto e olhou para baixo.

-Ahm, o que aconteceu? Você está bem?- Perguntei.

-Creio que... é melhor o senhor descer. O senhor tem... uma visita.- Disse Lily pouco antes de sair correndo para dentro do quarto de hóspedes e trancar a porta.

Uma visita? Á esta hora? Vesti uma camiseta e desci e imagine a minha cara quando topo com a minha ex- namorada quase noiva que eu pensei que estivesse morta.

-Juliette?!- Exclamei.

-O que diabos está acontecendo Nick? Quem é aquela garota e o que ela faz aqui?- Juliette perguntou.

P.O.V. Juliette.

Nick me contou tudo com riqueza de detalhes e eu fiquei chocada. 

-Está dizendo que aquela garota que atendeu a porta é A Branca de Neve e que ainda por cima ela é uma vampira?!- Questionei incrédula.

-É.- Respondeu Nick.

Estávamos conversando quando de repente ele pareceu ter escutado alguma coisa, pegou a arma e subiu as escadas correndo, bateu á porta chamando pela Princesa. 

-Lily?! Liliana?!- Ele chamou, mas não obteve resposta.

Então arrombou a porta e o quarto estava vazio e ao que parece ela fugiu pela janela.

-E para onde ela iria? Sabe para onde ela iria?- Perguntei

-Na verdade acho que sei. Fique aqui e não convide ninguém á entrar.- Disse Nick.

P.O.V. Liliana.

Depois de ter visto o senhor Burkhardt com o torso desnudo eu fiquei com a cabeça cheia de pensamentos pecaminosos então voltei correndo para o meu quarto, acendi uma vela e me ajoelhei orando á Deus por perdão e por forças. Fiquei rezando por um bom tempo até que Deus me enviou um sinal para me redimir vou salvar Anitta. Agora sou forte, posso acabar com aquele demônio ou minimamente tirá-la do caminho do mal.

Então sai pela janela aterrissando lindamente no chão. É ainda estou me acostumando com estes novos poderes, olhei para a escuridão e não estava escuro eu posso ver tudo claramente então comecei a correr e logo parecia que eu estava flutuando. Cheguei ao muro que cercava o hospital psiquiátrico eu vi Needy arrebentar as grades com nada além da força dos seus pensamentos e sair andando pela floresta á dentro. Os guardas estavam todos mortos, haviam sido estraçalhados.

-Needy.- Eu disse quase num sussurro e ela me ouviu.

-Oi Lily. É bom ver você de novo, amiga.- Ela me cumprimentou.

E nos abraçamos. Eu senti falta dela, finalmente eu a encontrei. Acontece que nós nos conhecemos desde antes do manicômio, eu a conheci pela primeira vez enquanto morava na floresta negra, éramos vizinhas e ela foi de grande ajuda em interpretar os feitiços escritos nos grimórios de minha mãe.

-Por favor, eu tive que aturar as pessoas me chamando de Needy por tempo demais. Chame-me pelo meu nome, o meu nome verdadeiro.- Ela pediu.

-É bom tê-la de volta Valerie.- Eu a cumprimentei.

E nós saímos do manicômio e estávamos caminhando mata adentro quando topamos com o senhor e a senhora Burkhardt.

-Lily. Meu Deus! Você está bem? Vocês estão bem?- Perguntou o caçador.

-Sim. Suponho que seja melhor voltarmos para casa, devo deixar Valerie em segurança primeiro.- Disse a Princesa.

-Valerie?- Questionei.

-Sim. O nome dela é Valerie, filha de Cesar ela é... a chapeuzinho vermelho.- Disse Liliana. E eu fiquei tipo ein?

P.O.V. Juliette.

Trouxemos as duas para nossa casa e logo descobrimos, bom eu descobri que Valerie estava grávida de um bebê híbrido de demônio.

-Como pode você ser a Branca de Neve?- Perguntei.

-Como pode você ser você? A senhora nasceu, viveu, um dia vai morrer como eu fiz.- Respondeu Liliana.

Liliana então esse é o nome da Princesa e não Branca de Neve.

-Como acabou sendo Branca de Neve?- Perguntei.

-A minha mãe dizia que eu era Branca como Neve, imagino que tenha sido dai que saiu este apelido pelo qual me chamaram por toda uma vida. Quem diria que o apelido ficaria mais famoso que o meu nome.- Disse a garota.

-Está reclamando? Eu sou chapeuzinho vermelho.- A loira olhou para a morena e então disse:-Ok, você ganha no quesito apelido ruim.

Quando perguntei como elas chegaram ao nosso mundo elas disseram que o Mundo dos Contos de fada e o nosso mundo existem paralelamente um ao outro e que uma bruxa com conhecimento e poder suficiente pode atravessar, viajar de um mundo para o outro. De acordo com Liliana este é um dom especial e raro que poucas bruxas possuem.

-Para meu conhecimento Valerie e eu somos as únicas caminhantes que existem. Esse dom vem do sangue, é hereditário, não se pode fabricá-lo precisa encontrá-lo, tem que nascer com ele ai ao longo da vida nós o aperfeiçoamos. Como devem ter notado sou nova nesta coisa de ser caminhante.- Disse Liliana.

Depois de uma longa e esclarecedora conversa fomos nos deitar e Nick não quis que eu dormisse no quarto com ele, acho que deve ser muito chocante e como ele já dormiu no sofá por mim acho que não tem problema eu fazer o mesmo por ele. Por um tempo, só até as coisas se ajeitarem.


Branca de Neve e o GrimmOnde histórias criam vida. Descubra agora