As garotas do Nick

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P.O.V. Nick.

Juliette voltou e me pegou na cama em pleno ato com a Lily e deu uma confusão danada á ponto da minha ex- namorada jogar um vaso de plantas na minha direção.

-Seu cretino!- Juliette gritou.

E eu perdi a minha paciência.

-Ei! Você estava morta. Eu vi você morrer, morreu nos meus braços e eu lamentei por você, eu te enterrei! Você morreu Juliette não pode me condenar por seguir em frente.- Esbravejei.

Então ela ficou brava e saiu batendo a porta.

-Lamento eu não deveria ter... você sabe. A sua esposa está viva, é um homem casado agora e eu... Deus, tornei-me uma amante, uma mulher sem escrúpulos que rouba maridos. Oh Deus!- Disse Liliana ela está se sentindo culpada.

-Deus, deitei-me com um homem antes de me casar, um homem casado... Oh, eu vou para o inferno!- Ela disse com o rosto entre as mãos.

A confusão foi tamanha que eu dei graças á Deus quando recebi uma ligação do distrito dizendo que tínhamos um corpo.  Eu vim parar no Hospital Psiquiátrico. Assim que cheguei o Hank me cumprimentou.

-E ai cara... uau! O que aconteceu com o seu pescoço?- Ele perguntou notando que eu tenho um curativo.

-Fui mordido por uma vampira.- Comentei.

-Está falando sério?!- Ele questionou chocado.

-Sim.- Eu disse vestindo as luvas.

-E a Princesa? Ela também foi atacada?- Hank perguntou.

-Ela é a vampira. E se quer mesmo saber... eu dormi com a Lily e a Juliette voltou bem á tempo de me pegar "em flagrante" e jogar um vaso na minha cabeça. Então o que temos?- Eu perguntei rapidamente mudando de assunto.

A cena era grotesca havia corpos para todos os lados, os corpos estavam mutilados. De acordo com o laudo preliminar dos peritos as vítimas tinham sido espancadas até a morte.

-Nossa! Quem mataria todas essas pessoas e porque?- Perguntei.

-Talvez um dos pacientes. Esse lugar era o lar de um bando de malucos, doentes mentais.- Disse Hank.

-Talvez. Wu, eu quero o histórico dos pacientes, fichas médicas, diagnósticos tudo e uma lista de todos os funcionários que trabalharam ontem á noite.- Falei.

-Ok.- O sargento concordou.

Então me lembrei que a Lily esteve aqui ontem. Ela veio até aqui.

-Acho que podemos ter uma testemunha.- Comentei fazendo uma careta.

-Quem?- Hank perguntou.

-A Princesa Liliana Hoffman. Ela veio aqui ontem á noite, veio atrás... bom temos duas testemunhas. A Branca de Neve e a Chapeuzinho.- Comentei.

Fomos mais para dentro e lá havia mais cadáveres o policial então nos mostrou a cereja do bolo. Um corpo que havia sido encontrado no porão do casarão onde fica o hospital psiquiátrico, o corpo da mulher caucasiana de cabelos loiros estava dentro de um círculo de sal onde também tinha um símbolos estranhos, uns círculos e triângulos desenhados dentro do círculo maior, o assassino tinha gravado na testa dela com uma faca o mesmo símbolo e o cadáver estava... cinza. 

-Porque este corpo não foi removido como os outros?- Perguntou Hank.

-Porque ninguém conseguiu passar. Não tem como tirar o corpo dai.- Disse o policial.

-Como assim ninguém conseguiu passar?- Perguntei.

-Tente colocar a mão dentro do círculo.- Disse o policial claramente desconfortável, ele mexia na gravata como se se sentisse sufocado.

E quando eu tentei entrar dentro do círculo de sal eu bati numa.... uma barreira. Uma barreira invisível.

-O que é isso?- Questionei chocado.

-Eu não sei,  sou policial á quase trinta anos. Eu já vi muitas coisas, coisas terríveis, mas esse lugar, esse corpo... me dá arrepios.- Disse o policial.

E nós o liberamos. Acho que isso é obra de alguma bruxa, sorte a minha que tenho uma do meu lado. Peguei o celular e liguei para Lily.

-Olá.- Ela atendeu.

-Ahm, é o Nick. Eu tenho um problema, é um caso que estou trabalhando acho que trombei em algum tipo de feitiço de bruxa. Tem sal para todos os lugares e um cadáver.- Falei.

-Bom, isso não é de muita ajuda. Diversos feitiços e rituais de magia negra requerem sal e um cadáver.  Pode ser mais específico?- Ela perguntou.

-Vou tirar uma foto e te mandar.- Eu disse.

Bati a foto e enviei para ela que demorou alguns minutos para responder.

P.O.V. Liliana.

Este mundo é cheio de mecanismos e tecnologias que eu não compreendo como este dispositivo de falar o celular. Demorei vários minutos para conseguir encontrar a foto dentro do dispositivo e quando encontrei...

-Oh Meu Deus! Isso é... terrível.- Falei.

P.O.V. Nick.

Finalmente meu celular tocou e Lily começou a falar.

-Tem razão é um feitiço. É um feitiço circinal.- Ouvi Lily dizer.

-E?- Perguntei.

-É como uma receita de bruxa. Há uma barreira mística ao redor do corpo e precisam trabalhar depressa pois a vítima pode ainda estar viva, então ouçam com atenção... um feitiço circinal pode ser quebrado se o equilíbrio dos ingredientes for perturbado. Vocês precisam adicionar um ingrediente mais potente á mistura, um agente místico poderoso.- Disse Lily do outro lado da linha.

-Que tipo de agente místico? Onde vou conseguir um agente místico?- Perguntei.

-Oh, por Deus! Você é um Grimm! Quer agente místico mais poderoso do que o sangue de um Grimm? E seja rápido porque a mulher pode estar viva!- Lily disse irritada.

Dei o celular na mão do Hank e então eu tirei uma faca da minha bota e cortei a palma da minha mão.

-Estou sangrando e agora?- Perguntei.

-Sangre encima do sal!- Ela gritou.

Acho que está nervosa, talvez esteja temendo pela vítima. Então fiz como ela instruiu e assim que o meu sangue pingou no sal ele começou a soltar fumaça e então conseguimos passar eu tirei a mulher do círculo e verifiquei o pulso.

-E ai?- Perguntou Hank.

-Está viva.- Constatei.

Carreguei a mulher para fora do lugar.

-A vítima está viva! Chamem os paramédicos rápido!- Eu gritei.

Felizmente chamaram uma ambulância e a mulher foi levada ao hospital.  E já no distrito mandei um policial ir até a minha casa buscar a Lily e a Anitta para serem interrogadas.



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