4. Observâncias

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Constanto certas observâncias!

Destes pesadelos que pude presenciar.

Mas que ensinam eles para viver?

Nada, se não quisermos realmente aprender...

Por isso mesmo, convido todos quantos se sintam ultrajados,

No seu sentir e no seu pensar,

A depenarmos esta almofada,

Em que nos pousamos para sonhar...

Pois o sonho é tentador, mas é fugaz.

Chega a ser absurdo e até mordaz.

Cambaleia-nos naquela certeza que é um chamado.

Deixa-nos sem ar, sem cabeça, sem fado!

Dá-nos um escape, uma teia, um escavar...

Até ao infinito do aquém e do além,

Do ninguém e do sem.

Da misercódia e do desdém.

Mas para quem?

Talvez nem para nós nem para ninguém.

Porque o cérebro é terrível quando é solto...

É como cavalo preto fugido do dono.

É como estrela em explosão.

É como o breve arco-íris criado entre a chuva da lágrima

E o sol do teu coração!

Tapeçaria de ExistênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora