17. A bordo.

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Vai tanta gente, mas tanta, neste autocarro do amor!

E não há tempo para descanso.

Simplesmente para extrema necessidade de saciação.

É assim o coração de uns,

Às vezes direito, outras vezes deitado.

Cá estamos na fila terceira,

E pagámos para estar aqui, neste sítio à beira da janela,

Mas sem contar alguém...tomou conta dele primeiro.

Entrou à sorrateira.

E agora não quer sair!

O que fazer, quando há intrusos sentimentais assim?

Conflituar ou simplesmente, ir para a classe mais comercial.

No banco de trás?

Se fosse mesmo Amor, até de pé se ia...

Mas não é, foi minha a mentira...

Só para vos fazer ver que em tudo há relatividade.

Mesmo sobre as rodas do destino.

Nesta viagem que é de todos,

Para o ultimato da liberdade!

Tapeçaria de ExistênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora