Ai, calmaria minha...
Sabes tão bem quando a voz de dentro volta a reaparecer...
E eu a deixar de ouvir os ruídos ensortecedores do ventre.
Do berço a chamar...
Onde andas? Para onde vais?
Volta...
Não! É tarde demais...
Já nasci, ora essa... já sou solta...
Para conhecer e desconhecer.
Para me elevar e me rebaixar.
Para a verdade e para a falsidade.
Para a tolice e para a estupidez.
Para a justiça e para a impunidade.
Tu não és o meu Eu, no Agora!
Desaparece e volta quando eu chegar à última Hora!
Pois nessa aí, não serei mais uma adulta criança,
mas uma criança adulta.
Pronta, não para ser brilho,
mas para ser oculta.
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Tapeçaria de Existência
Poetry"Tapeçaria de Existência" é uma obra de poesia portuguesa contemporânea, que traz consigo um objetivo audacioso: extrair diferentes lições de vida de todos e cada um dos poemas que a compõem. Nas páginas deste livro, os versos cuidadosamente entrela...