🍷| Nightcall pt.2 [+18]

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NAKAHARA CHUUYA
+18

❝Eu te quero❞

CW: conteúdo sexual

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CW: conteúdo sexual

—|🍷|—

O elevador do prédio nunca foi o mais rápido do mundo e o ar-condicionado também nunca foi o mais forte ou o mais gelado. Parecia que seu chefe queria economizar ao máximo, considerando que manter aquele prédio de alto padrão, no centro da cidade, já era caro o bastante. No entanto, naquela noite, o elevador parecia ainda mais lento e o ar parecia ainda mais fraco. O cubículo de metal se parecia mais com um forno e você sentia que as paredes estavam se fechando ao seu redor, sufocando-te na sua própria ansiedade. Ou tudo estava muito mal, ou você estava com tanta pressa que via as coisas em câmera lenta.

Você andava de um lado para o outro no pequeno espaço com suas pantufas de bichinho—completamente destoante do seu robe e camisola de seda. As vezes se escorava na barra de ferro, outrora se olhava e ajeitava imperfeições inexistentes no reflexo do espelho. Os cinco andares que os separavam agora pareciam ser dez, vinte, cem. Chegou a cogitar que na verdade o elevador estava parado e não tinha percebido, porque a demora era surreal.

Toda vez que tem pressa, tudo parece desacelerar.

Você sentiu vontade de erguer os braços para o céu e agradecer no momento em que as portas se abriram. Arrumando os cabelos e as roupas, saiu do elevador e praticamente correu até a porta de Chuuya. Suas mãos tremiam levemente e seu coração batia tão forte no peito que ressoava no seus ouvidos tal qual uma bateria. Você hesitou por um momento, tomada por um misto de sentimentos que te virava do avesso.

Urgência, desespero, desejo.

Cada pedaço do seu corpo clamava pelo dele. Pelo toque dele, pelos beijos dele. O silêncio daquela madrugada estava prestes a ser deturpado.

Pobres dos vizinhos de Chuuya.

Respirou fundo e deu duas batidas na porta, silenciosamente avisando que estava ali e iria entrar. Seus dedos agarraram a maçaneta, mas não foi você quem abriu a porta. Chuuya estava te esperando ali, tão ansioso quanto você.

No momento em que seus olhos se encontraram, ambos os corações se acalmaram. Não havia mais porquê sofrer agora. Vocês estavam bem ali, um no alcance do toque do outro. A saudades não precisava mais ser sentida, apenas matada de forma cruel mas prazerosa.

— Realmente estava me esperando, hein?— Seu tom foi de provocação conforme jogou seu corpo na direção dela, que te segurou pela cintura. Conseguia ver os sentimentos nos olhos dele.

— Você me deixou ansioso.

— Não precisa mais sofrer, então.

O estrondo da porta sendo fechada pelo seu pé não era nada se comparado ao estrondo dos seus corações se reencontrando. Você puxou Chuuya pela nuca, beijando-o com avidez enquanto o empurrava para o quarto. Ele te segurava com firmeza, deixando-se ser guiado pelos seus instintos escuridão a dentro. A língua dele deslizou por entre seus lábios entreabertos, colados no dele, reencontrando o interior da sua boca. Você pôde sentir o sabor do vinho caro que ele tomava agora há pouco, misturado ao cigarro que ele devia ter fumado recentemente cumprimentando conforme a língua dele tomava a sua no ritmo que ele queria.

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