🌙| Babá

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AKUTAGAWA RYŪNOSUKE
BEAST AU

AKUTAGAWA RYŪNOSUKE BEAST AU

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❝Qual o nome da garota?❞

—|🌙|—

Lá estava Ryūnosuke de novo, frente aquela casa. As mãos deles tremiam levemente, quase imperceptível. Mas ele sabia que estava trêmulo, nervoso. Lá estava ele novamente, frente à casa que Oda alugava para aqueles órfãos. A casa em que Akutagawa passara três dias para cobrir seu mentor, e agora teria de passar mais três pelo mesmo motivo. A diferença é que dessa vez ele sabia o que o esperava. E isso, ironicamente, era a razão do nervosismo dele.

O rapaz não precisava estar do lado de dentro para ouvir as vozes, os gritos e as risadas, mas quando entrou, eles pararam tudo que faziam. Apenas para encará-lo, parado frente a porta de entrada, sem expressão, os olhando. Uma delas, com sua voz infatil, gritou "Akutagawa-san!" e avançou na direção dele. Então todos correram na direção dele, como uma manada. Ele pensou em ativar sua habilidade, ou simplesmente abrir a porta, sair e fechá-la na cara das pequenas criaturas. No fim ele nada fez, apenas continuou ali, esperando o impacto. Impacto este que o desequilibrou e o derrubou sentado no chão, com todas as crianças querendo o alcançar e o cumprimentar calorosamente. Mas o que o desequilibrou de fato veio em seguida.

Parada na outra porta, frente à eles, como se tivesse vindo dos fundos, estava uma garota que ele não se recordava de estar lá na última vez. Ele se lembraria se tivesse visto uma garota tão bonita, de aparência que indicava ter uma idade similar a sua. Ela esbanjava um sorriso como quem se diverte com o que tem a sua frente e alguns fios que lhe caíam sobre o rosto etéreo, a luz do sol pareciam lhe dar uma aura e presença angelical, como se tivesse vindo do paraíso. Desnorteou Ryūnosuke ao ponto que ele esqueceu que haviam cerca de quinze crianças sobre si, só se lembrando quando ela falou.

— Parece que vocês já o conhecem bem, crianças.— Colocou as mãos na cintura, as crianças eufóricas começaram a andar de um lado para o outro, saindo de cima de Akutagawa.

Ele se levantou, batendo a mão nas vestes como se tirasse poeira delas.

— Você tem que ver a habilidade dele [Nome]-sensei, é um trampolim!— Uma delas falou, dando pulinhos. A jovem se inclinou na altura deles e apoiou as mãos nos joelhos desnudos pela saia que usava.

— Ou um escorregador!— Outra completou.

— Oh, é mesmo?— Ainda sustentando o amável sorriso, desviou o olhar das faces delas, para observar a de Akutagawa, vendo que ele já a encarava.

Envergonhado, ele desviou o olhar.

— Estou ansiosa para conhecer o trampolim-escorregador crianças, mas agora é hora de almoçar. Vamos lá!— Guiou-as para fora dali.

Tendo certeza de que estava só, Ryūnosuke usou a própria habilidade e criou um cubículo ao redor de si mesmo. Buscou o celular no bolso e rapidamente discou o número de Oda. O colocou próximo a orelha, ouvindo chamar até que ele atendesse. Mas antes que ele falasse qualquer coisa, Ryūnosuke falou.

— Qual é o nome da garota?

—... qual delas?— Oda perguntou, confuso.

— A mais velha.

— Oh, é a [Nome]-chan, ela é uma amiga minha e vai te a---

Oda nunca terminou a frase, porque Akutagawa já tinha desligado. Guardou o celular no bolso e desfez o cubículo. Ficou parado por alguns poucos segundos, antes de seguir na direção que [Nome] e a manada de crianças haviam ido. Se estivesse sozinho com aquele projeto de exército—do qual Oda nega ser um—provavelmente teria ficado por ali mesmo, aproveitando os últimos minutos de paz antes do furacão. Mas ele não estava sozinho, você estava lá, e por algum motivo quis estar por perto.

De você, não das crianças.

Akutagawa manteve uma certa distância, observando você com as crianças. Sem dúvidas, era infinitas vezes mais paciente que ele e não parecia estar passando pelo inferno, que foi como ele se sentiu da última vez. Parecia estar contente ali. Com elas. Ryūnosuke sentiu um arrepio só de pensar que logo passaria por tudo aquilo de novo, por mais três dias.

Então veio a dúvida: por que estava lá, se havia você? Parecia bem mais entrosada com as crianças do que ele jamais seria. Não parecia precisar dele. Qual o sentido da presença dele?

Você o avistou e sorriu graciosamente, o rapaz não soube explicar o que foi que sentiu, a única coisa que sabia era que estava congelado, saindo daquela situação apenas quando já estava ao lado dele.

— É um prazer conhecê-lo, Akutagawa.— Ele te encarou sem piscar.— Oda-san me falou sobre você algumas vezes.

— Espero que tudo ocorra bem, e que possamos fazer a alegria deles enquanto estamos aqui.

Ele esperava o mesmo, ao mesmo tempo que sentia um nervoso inexplicável. Tudo que o sobrou foi assentir desajeitamente.

Bungou Stray Dogs ImaginesOnde histórias criam vida. Descubra agora