🌙| Desejo Sombrio [+18]

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AKUTAGAWA RYUUNOSUKE
+18

❝Sonhei com você❞

CW: conteúdo sexual

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CW: conteúdo sexual

Dedicado à todas as Akutagawa stans, especialmente AkutagawaFanfiqueiro

—|🌙|—

Silêncio.

A noite estava em completo silêncio. Apenas os próprios sons existiam: grilos e carros em atrito com o asfalto, ambos remotos e inalcançáveis para você, deitada naquela cama entre quatro paredes em mais um dos prédios de Yokohama. Todo e qualquer som eram meros ruídos comparados à orquestra que tocava na sua mente. Depois daquele sonho, voltar a dormir parecia uma missão impossível.

A única luz era aquela que vinha do lado de fora. A janela com uma fresta aberta estava na reta perfeita da lua naquele horário, e sua luz prateada banhava seu rosto com sua glória e aura de proibição e tentação. Tudo que envolvia a noite era tentador na sua concepção, e isso incluía os cenários que sua própria mente desenhava.

Sua respiração estava audível de uma maneira que atingia as paredes e ecoava; estava tão forte que você sentia o calor na sua pele, coberta por uma fina camada de suor. Ou talvez estivesse tão sensível que sua audição e sensibilidade estavam aguçadas. Suas mãos estavam trêmulas e inquietas, afastando seus fios do seu rosto, passeando pela sua epiderme que estava ardendo. Aquela noite estava muito quente.

Ou talvez você estivesse quente.

Na sua cabeça, voltava a se formar a imagem do seu sonho. O sonho que não te deixava mais dormir. O sonho em que estava deitada naquela mesma cama, iluminada pela mesma lua; seu corpo sob o de Ryuunosuke, os dois calores se misturando e o prazer engolindo a razão de ambos. A respiração dele contra sua pele, as mãos te tocando e te segurando como se fosse a primeira vez.

Você estava desesperada pelo toque de Akutagawa, mas não tinha coragem de fazer algo, principalmente de contar isso a ele. Não tinha coragem de olhá-lo nos olhos, da cor da névoa e tão densos quanto, e falar que o queria. Que queria os lábios dele nos seus, na sua pele, o corpo dele no seu, suas vozes e seus calores se misturando. Não, não tinha coragem de contar isso a ele.

Suspirou e pressionou as têmporas com os dedos indicadores e médios, com tanta força que machucava.

Água.

Era disso que precisava.

Água.

Água para ver se matava aquela sede de quem está há dias caminhando sob o sol do deserto do Saara—quando na verdade só estava há horas naquela cama, fantasiando coisas que guardaria para si mesma nas profundezas da consciência, até ela decidir que era hora de reviver tudo.

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