Quando você é atriz

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        Ser atriz estava lhe custando no seu relacionamento de quase oito meses

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        Ser atriz estava lhe custando no seu relacionamento de quase oito meses. Mas bem, Elisa sabia sobre seu trabalho, ela se dizia ser bastante fã do seu talento teatral; mas agora fazia chilique por simples cenas?!

Já era a terceira briga, só aquele mês, só por causa da nova série que você estava como personagem principal; uma série adulta, mas para você nem chegava a ser tão pesada assim.

   — Só estou chateada com o fato das pessoas estarem te shippando com aquele ator lá — Disse quase sem fôlego — Eles sabem que você namora comigo, mano

   — Para de se importa com isso, Elisa. Está começando a ficar chato e eu não quero terminar nosso relacionamento pela sua falta de compreensão comigo e o meu trabalho

   — Compreende você o meu lado! Estão todos comentando o quanto vocês tem química e que eu sou uma traída passiva

Você revirou os olhos, massageou as têmporas, buscando a paciência.

    — Você sabe que não é verdade, para de cair na pilha dos outros, Almeida. Eu te amo, porra! você pode entender isso?! Estou fazendo o meu trabalho e pensando principalmente em trazer orgulho para minha namorada. Mas parece que tudo que eu consigo é ouvir suas reclamações sobre o que faço!

Em silêncio, Elisa se sentou no sofá. Com os olhos lacrimejando e sem saber o que dizer.

Era difícil para as duas, ambas precisavam se compreender. Você abaixou os ombros, cansada da discussão.

   — É que vocês realmente parecem um bom casal juntos. Assisti os bastidores e vocês conversavam como se fosse íntimos. Tenho medo dele ser melhor que eu para você

Era a rara insegurança na jogadora. A fazendo ficar fora de si; você sentiu culpa, por não perceber antes. Era seu trabalho, ela estava ciente, mas não conseguia evitar o ciúmes e a insegurança.

   — Minha francesa — ela te olhou — eu te amo muito e não vai ser ninguém que irá mudar isso. Precisamos fingir um bom casal na frente das câmeras, se não quisermos ser demitidos — Ela riu com você — Ele não é melhor que você para mim, nem ele e nem ninguém.

Elisa se sentiu idiota, percebeu que era bobeira. Você estava fazendo o que gostava e ela tinha que te apoiar, assim como você a apoiava.

Te abraçou com força, quase que te sufocando. Você esfregou seu rosto no pescoço alheio, sentindo o cheiro bom da mulher.

   — Reconciliação no quarto?

09

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