Quando ela é a sua vizinha de porta

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       Desde de que estava naquele prédio, sua coragem se esvaziava quando a via, não tinha muita coragem para falar, nem mesmo olhar.

       Sua timidez impediu de chegar até ela, sua falta de conhecimento sobre o que sentia.

      Até meses atrás, namorava um cara e de repente se via atraída por uma mulher.

    E achou que fosse pelos traços masculinos que ela tinha, o cabelo curto, o corpo forte, que poderiam ser suficientes para a confundirem com um homem jovem; mas você percebeu que não era um homem, o rosto dela era feminino, o jeito -as vezes ogro- também feminino.

      E mesmo assim, seu corpo vibrava por ela, como se fosse a coisa mais aliciante que já tinha visto.

     O que estava acontecendo? Por que se sentia atraída por uma mulher, ao ponto de confia-la o seu corpo, a sua cama?!

     Elisa não sabia, mas ela te tinha de bandeja, tipo degustação gratuita.

    Pensar nela fez você se remoer várias vezes, afinal, tinha um namorado, estava em um namoro a tanto tempo. Era errado pensar nela, em vez de pensar no seu namorado.

     Se sentiu a pior das traidoras. Seu corpo e sua mente também a traíram.

       A culpa te consumia, o peso na sua consciência tirava seu sossego, a fazendo pensar e repensar sobre a ideia de terminar o namoro.

   Sabia que o relacionamento não ia bem, por sua culpa, era você quem parecia o diabo fugindo da cruz, e a cruz era seu namorado.

    Doloroso, porque já não sentia conformidade perto do homem, até a melosidade dele começava a te deixar irritada.

    Já não era um namoro, e se sentia mal porque seu namorado era bom, mas você não sentia o mesmo, não dividia mais os mesmo sentimentos que ele.

       Tinha medo que o karma lhe fizesse pagar por não amar alguém que estava te dando tudo de si. Mas que culpa tinha? O destino lhe enviou uma vizinha bonita, que entrou na sua mente, roubando todos os desejos que sentia por um homem para ela.

     Precisa ser justa; precisa ser sincera; precisava terminar aquela tortura, mesmo que não quisesse machucar o homem.

     E foi o que fez! Foi mais difícil do que pensava. Parecia tão errado.
    
    O homem parecia incrédulo, a olhava realmente chateado. Como se sua decisão tivesse massacrado os sentimentos dele.

        Seus lábios pressionados, formando uma linha, a visão embaçada de lágrimas, quando evitava olhar o homem.

     Percebeu ele se levantar, irritado, com as bochechas molhadas.

     Seu olhar encontrou o dele, mas não disseram nada, apenas se encararam por alguns segundos, antes do homem se virar e ir embora, deixando a porta aberta.

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