Quando você mente a idade

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        A jogadora estava pálida, branca como papel

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        A jogadora estava pálida, branca como papel.

     Havia acordado a poucos minutos, ao lado da garota que vinha conversando a alguns meses. Procurou suas roupas naquela bagunça, achou a bolsa da garota e quando não esperava, o RG alheio caiu, mostrando a idade verdadeira da menina.

    — dezessete anos...

   Passou a mão no rosto, expirou, inspirou, balançou a cabeça que começava a querer doer. Ah não, ela teria problemas em flertar e transar com uma menor de idade. Oito anos de diferença era muito.

     Você acordou com algumas batidas na mesa, descobriu ser Elisa que batia violentamente.

     Não entendeu, mas também, pouco se importava.

     Até Elisa perceber que você havia acordado, lhe encarou com muita raiva, era perceptível o quanto ela queria avançar em você. Assustada e perdida, você se levantou temendo fazer qualquer movimento brusco que afetasse a jogadora.

    — Tem quantos anos, querida?

     De forma raivosa, quase que soletrando e o querida não havia saído em tom carinhoso.

    Você começou a temer essa pergunta, sem entender o porquê dela te perguntar isso.

    — Vinte e três, por quê?

     Elisa quis morrer naquele momento. Como não percebeu a mentira? Você não tinha cara de uma mulher de vinte e três, você mentia mal, como ela foi tão cega?

     Seus olhos se arregalou, quando a viu pegar o seu documento na mesa.

   Ah! Você estava muito fudida.

    — Lisa, eu...

     E agora, como explicar?!

    — Porra, garota! Quer destruir minha carreira?!

      Você negou prontamente

    — Não, Elisa. Me perdoa, eu queria tanto ficar com você que mal pensei direito

    — Você pensa? Com certeza não é com o cérebro!

     Seus olhos começou a lacrimejar. Apertando o pano ainda mais para seu corpo nu, envergonhada com a situação.

    — Hoje é meu aniversário... Dezoito anos — disse baixinho

    — Não podia esperar os dezoito pelo menos? Me sinto uma pedófila agora

    — Nao exagera, Almeida. Oito anos de diferença é quase nada

      Ela lhe olhou inconformada, como oito anos de diferença era quase nada?

    — Me desculpa de verdade, eu sinto muito! Fui imatura em fazer isso e nem pensei no quão prejudicial poderia ser para você.

    — Não conta para ninguém

    — Não vou! É nosso segredo

 


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CENÁRIOS: "Ta Reine"Onde histórias criam vida. Descubra agora