Incrível que só Elisa parecia te compreender de verdade, apenas ela te libertava de suas próprias inseguranças.
Desde de muito pequena, havia sido diagnosticada como autista, você cresceu vendo isso como um grande defeito seu. Mas sabia que não poderia viver com medo do que as pessoas achariam de você e fingindo não ter autismo.
Então conheceu Elisa, ela era boa demais, você temeu que ela não te quisesse, mas a francesa deixou claro que era apenas um detalhe e não era motivo para desistir de você.
De certa forma, Elisa aumentava sua auto estima, sua confiança, você se sentia no topo, porque ela estava sempre lhe colocando lá.
E ser autista não começou a lhe afetar como antes, você entendeu que não era seu defeito, e não lhe impediria de viver a sua vida.
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Pela noite, vocês aproveitavam a noite em um restaurante famoso do lugar. Segundo Elisa, precisavam diferenciar, fazia tempo que não comiam fora.
Lhe agradou, obviamente.
Ela te contava animada sobre o jogo que havia sido bastante elogiada pelo empenho, você sorria, atenta a tudo que ela verbalizou.
— Senti a sua falta no jogo
— Eu queria tanto ter ido assistir
— Tudo bem, no próximo você vai
Sempre te queria na arquibancada, assistindo ela jogar, vestida com a camisa do time, com o nome dela atrás.
— Mais um pouco de vinho? —Ofereceu, você negou
— Agora não, estou com a bexiga cheia, vou no banheiro
Ela concordou, colocando vinho na taça.
Foi para o banheiro, saindo alguns minutos depois, após retocar o batom.
Mas parou no meio do caminho de andar, no seu lugar na mesa, a loira alta de cabelos lisos, elegante, aparentemente tentando uma conversa com Elisa, essa que parecia desconfortável. Você se lembrou da mulher, pelas fotos que ainda rondava pela internet, era a ex de Elisa.
