Quando você é jogadora de vôlei

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       Todos apreensivos pelo jogo decisivo  que aconteceria logo

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     Todos apreensivos pelo jogo decisivo  que aconteceria logo. Elisa faltava roer as unhas, ansiosa. Queria te ver, mas não podia fazer muito, na arquibancada. Sentia o calor se intensificar cada vez mais.

     Estava no Brasil, queria acompanhar de perto seu jogo contra a França. Ela não negou torcer para a França fielmente, mas disse que mesmo que o Brasil ganhasse, ela comemoraria com você; você entendeu.

     Alguns minutos e você entrou junto a suas companheiras. Se aquecia, dizendo a si mesma estar pronta para o jogo.

     Ouviu seu nome ser chamado, da forma pouca errada, Elisa não conseguia falar seu nome tão bem, sem soar seu sotaque francês, sem errar uma sílaba; mas você não se importava, isso por que era ela.

      Você acenou alegremente, a jogadora lhe mandou um beijo e você sorriu totalmente abobada.

    Riu, animada para jogar, mostrar a sua mulher a jogadora de vôlei -bloqueadora-  talentosa que você era.

(...)

     O jogo havia começado a algum tempo, França estava na frente e você estava começando a se estressar com a situação.

   Você se permitiu olhar para Elisa por segundos. Viu seus cabelos curtos balançarem com o vento, ela balançava a gola da blusa pelo calor, estava te encarando, vidrada em seus movimentos e ao ver você a encarar por pouco tempo, sorriu, como se pedisse calma.

     Isso a fez sorrir um pouco. Calma, logo Elisa que faltava passar por cima de suas rivais.

      No intervalo, o técnico dizia tudo que as brasileiras precisavam fazer para revidar e reverter a situação. Ouviu atentamente, insistindo em levar o título para casa.

   Elisa assistia você concentrada, se perguntando mentalmente se você estava bem.

   O jogo começou novamente e o Brasil começava a atacar, foram longos minutos e diversas tentativas, até os saques se certeiros e o Brasil começar a ultrapassar a França. Isso lhe aliviava e lhe dava um gostinho muito bom de vitória.

(...)

   — Ganhamo' caralho!!! — Você gritou abraçando suas colegas, todos ali as abraçando, a torcida vibrando, a vitória sendo anunciada. Você saiu do abraços aos risos, olhou para o lado vendo as jogadoras francesas desoladas,  você sentiu muito, mas se sentiria muito pior se fosse você naquela situação.

   — Amor...

     Elisa gritou correndo até você, após conseguir entrar na quadra. Lhe abraçou tão forte, parecia tão feliz por você, pela vitória; você sabia que ela estava chateada pelo francesas, óbvio, mas Elisa era uma boa namorada e celebraria com você.

   — Ganhamos, amor... Ganhamos, isso é incrível!!!

    Nem você acreditou no fato. Seu sangue ainda estava quente e tudo estava muito recente. Você lutou tanto para estar ali e orgulhar todos, e conseguiu fazer tudo isso, sofreu para estar no topo, mas chegou lá.

    A jogadora francesa, se afastou após parabenizar você e seus colegas. Conversou com as francesas que haviam perdido, tinha muita amizade com as suas rivais, você a admirou consolar uma das jogadoras que chorava.

     Após isso, Elisa grudou em você o resto do dia; a viu receber a medalha, pegar o troféu, comemorar com suas colegas e falar com sua família.

     Pela madrugada, já no outro dia, foi que vocês decidiram dormir. Depois de uma bela comemoração com toda a equipe, Elisa não foi descartada da comemoração, todos pareciam simpatizar com ela.

    Vocês fizeram a própria festinha, beberam demais, agindo como duas coelhas, matando a saudade uma da outra.

    — Eu te amo, Brasileira — Elisa grunhiu grogue, te abraçando

  — Eu te amo, Francesa gostosa — Elisa riu — Obrigada por me apoiar

    A jogadora não respondeu, mas ela ouviu. Segundo ela, não fez mais que sua obrigação como namorada de uma jogadora de vôlei.

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