Sirius Black
Eu estou bastante feliz; a mamãe realmente não estava mentindo quando falou que o James viria hoje. Era como se o universo que eu tanto sonhava estivesse se realizando.
A partir de agora, eu vou viver no meu próprio mundo, vou me transformar naquilo que eu queria ser. A primeira coisa que fiz foi pular em cima do James. Eu estava com saudade dele, e nem conheço ele direito, mas quem se importa? Meu coração é grande o bastante para caber muitas pessoas.
Pelo canto do olho, vi que o Regulus estava nos observando. Havia algo diferente em seu olhar que eu não consegui entender enquanto ele olhava para o James.
Depois de um tempo, o clima ficou mais relaxado, e, enquanto eu e James conversávamos, o Regulus apenas nos observava, sem dar a sua opinião.
Eu senti a magia da casa informando que havia alguém na frente da nossa porta. A mamãe e o Regulus provavelmente já perceberam, mas a casa não diz exatamente quantas pessoas estão lá fora; apenas avisa se há mais de uma. Então eu me lembrei dos Weasley.
— Verdade! — falei alto demais, acidentalmente.
Os dois me olharam confusos. Eu dei uma risada para disfarçar o constrangimento.
— Hoje os Weasley vêm aqui, mamãe os convidou. Pelo que eu sei, a esposa do senhor Weasley era uma Black.
— Um Weasley está na nossa casa? — perguntou Regulus, surpreso, e eu confirmei com a cabeça.
— Sua família não para de me surpreender. Eu pensava que todos os sonserinos eram do mal — comentou James, e tanto eu quanto Regulus arregalamos os olhos.
— Por que você achou isso de nós? — perguntou Regulus, parecendo exigir uma explicação.
— Minha mãe sempre disse que os sonserinos eram do mal. E, como vocês são filhos da senhora Black, ela disse que vocês também iriam para Sonserina.
— Que lógica idiota, com todo respeito à sua mãe — respondi. Senti-me um pouco decepcionado, lembrando da mãe de James. Ela me tratou bem, mas, olhando para trás, percebo que ela parecia desconfiada, como se estivesse me comparando a alguém. Acho que ela só foi educada porque não sabia meu sobrenome.
Vi o conflito no rosto de James; ele provavelmente queria defender a mãe, mas sabia que ela estava errada.
— Já contamos que temos um novo irmão? — perguntou Regulus, tirando James de seus pensamentos.
— Novo irmão?
— Sim. Ele é uma gracinha, bem pequeno, menor até do que esse anão aqui — apontei para Regulus, que, antes de expressão neutra, agora lançava um olhar mortal para mim. Ele me ama.
— Podemos vê-lo? — perguntou James, curioso. Em um piscar de olhos, Regulus estava ao lado dele, segurando seu braço e, milagrosamente, sorrindo.
— Eu sei onde é o quarto dele, vamos lá. — Quando Regulus disse isso, fiquei surpreso. Como ele sabia qual era o novo quarto de Severus, se há vários quartos vazios na nossa casa? Às vezes, Regulus é assustador, como se sempre estivesse observando tudo de longe.
A gente não precisava descer, já que no andar de cima só tem quartos e banheiros. Lá embaixo é onde ficam a cozinha, a sala e o tapete da família Black. Fiquei contente quando mamãe tirou as cabeças de elfos da escada. Antes, eu evitava tocar no corrimão, mas agora posso segurar sem aqueles olhos sem vida me encarando.
Regulus estava na frente, mas parou de repente, e James quase esbarrou nele. Ainda bem que ele se segurou em mim, colocando força na perna, e Regulus gemeu um pouco de dor com o impacto.
— Desculpa. — James se desculpou, e Regulus apenas assentiu. Se fosse eu, ele já teria me amaldiçoado por gerações.
— Por que parou? — perguntei, e Regulus apontou para frente. James e eu olhamos na direção e vimos Severus conversando com um ruivo. Eles estavam saindo do quarto, que presumi ser o de Severus.
O ruivo, que obviamente era um Weasley, era bem alto, mais alto que eu e todos ao redor. Severus ficaria furioso se soubesse que estou o comparando a um gnomo agora. Como se percebesse que estavam falando dele, Severus olhou em nossa direção.
O Weasley não parava de falar, parecia fazer várias perguntas, e eu percebi o esforço de Severus em manter a paciência. Se ele chutasse o ruivo, eu não me importaria, mas talvez ele ache que seria uma má impressão para minha mãe.
— Sev! — chamei alegremente, correndo até ele.
Vi o alívio nos olhos de Severus; claramente, ele não estava gostando daquela conversa. O Weasley parecia ter uns 14 ou 15 anos e, finalmente, parou de falar, olhando para nós um pouco envergonhado. Sorri, mostrando os caninos.
— Eu não mordo, Weasley. — Ele ficou um pouco vermelho, talvez por vergonha de estar intimidado por uma criança. Eu estava me divertindo com isso, e não era o único; Severus e James compartilhavam o mesmo sorriso. Não sei se Regulus estava feliz, mas esperava que sim. Por que diabos eu tinha um irmão insensível?
— Olá, há quanto tempo, Siri.
— Não é como se tivéssemos passado tanto tempo separados. — Agora percebi que Regulus ainda segurava o braço de James.
— Oi. Eu sou Arthur, Arthur Weasley. — O Weasley, ou melhor, Arthur, disse, e eu quase quis responder que, se ele não tivesse dito, eu nem teria notado.
— Eu sou Sirius, e esse é meu irmão Regulus, e meu amigo, James Potter.
Estando mais perto, Arthur estendeu a mão, mas não para mim, e sim para James.
— Prazer em te conhecer — disse, com um sorriso amarelo, enquanto Regulus lançava olhares venenosos para ele. Por que ele estava agindo assim?
James usou a outra mão para cumprimentar Arthur, sorrindo marotamente.
— Estava conversando com seu irmão, e ele é superinteligente para a idade. Daqui a um ano, poderei vê-lo em Hogwarts — disse Arthur, sorrindo, e minha boca se abriu. Como assim daqui a um ano?
— Ele tem 10 anos?! — Não era só eu que estava surpreso; James e Regulus também ficaram chocados.
— Você não disse que ele era o irmão mais novo! — exclamou Regulus, emburrado.
— Realmente, ele é bem pequeno — comentou James.
Vi o rosto de Severus se contorcer, e eu sabia o que ele pensava: "Quem você pensa que é para me chamar de pequeno? Só o Sirius pode falar isso." Senti-me como o centro das atenções, um herói no coração de Sev, pois fui o primeiro a me aproximar dele nesta casa.
Mesmo com toda a agitação, ainda sentia que alguém estava lá fora. Me pergunto se Regulus também percebeu, ou fingiu não ligar. Agora a pessoa estava se afastando, e a presença se desconectou da nossa casa.
Fomos para o novo quarto de Sev, que ainda não tinha decoração, apenas algumas coisas relacionadas à Sonserina. Regulus continuava segurando o braço de James, que estava um pouco desconfortável com a situação. Era uma cena fofa, se não fosse pela expressão mal-humorada de Regulus. Sinto que meu irmão é bipolar; ontem estava alegre pelos presentes, e hoje está todo sério.
Arthur, curioso, continuava a fazer perguntas sobre o mundo trouxa e se encantou ao ver o meu balão de cachorro. Finalmente, todos nós descemos, tentando ouvir o que nossos pais estavam conversando.
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WALBURGA BLACK E SEU RETORNO
Fanficwalburga Black estava olhando o tapete dos Black e se encostou na parede e ficou pensando em todos os seus arrependimento. Ela vai morrer sozinha, seu filho mais novo morreu, seu marido também morreu e seu filho mais velho foi embora. druella e cygn...