21 contos, antes dos meus 21 anos!

evangeline + jacks: fairytale 🦊

Era uma vez, há muito tempo atrás, em uma pequena cidadezinha, ladeada por lendas sussurradas entres crianças e idosos, sobre um feio monstro, que antes era um belo moço.

As lendas contavam e inventavam, sussurravam e gritavam, mas nunca se soube qual era a verdade por trás disso, ninguém nunca descobrirá e nunca ousara tentar descobrir, o mistério pairava sobre a cidadezinha, e alimentava o medo dos camponeses que ali viviam.

Ou talvez, que tal um novo era uma vez?

Era uma vez, há muito tempo atrás, em uma pequena cidadezinha, ladeada por lendas sussurradas entre crianças e idosos, uma bela moça, a qual encontrou no feio monstro, um local de felicidade e paixão.

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Evangeline respirou pausadamente mais uma vez, estranhamente devagar, enquanto seu coração batia velozmente em seu peito. O medo a alcançando conforme se aproximava da sombria moradia do feio monstro assustador.

Ou ao menos, era o falado pelos más línguas e complementado pelas curiosas senhoras do vilarejo. Ninguém sabia ao certo quem vivia naquela casa escura, isolada ao final da estrada da cidadezinha, ninguém fora corajoso o suficiente para se aventurar até aquele lugar.

Ninguém, a não ser a doce e aventureira, Evangeline Fox. Seu coração batia forte com as histórias, com as lendas e principalmente com os contos de fadas, batia forte com a vontade de se aventurar por novas estradas e desbravar o desconhecido.

E desde que a história, ou como ela mesma chamava: o conto de fadas contemporâneo, chegou aos ouvidos do povo do vilarejo, uma enorme curiosidade se atiçou dentro do peito dela. Evangeline gostaria de explorar a casa assustadora, conhecer seu morador misterioso, e quem sabe, viver um conto de fadas como uma daqueles que lerá em uma dos livros da biblioteca da cidadezinha.

A garota de cabelos rosa, e uma coragem, as vezes, insensata, deu mais um passo em direção a casa misteriosa, pisando na grama do morador desconhecido e eliminando a sua última chance de ir embora, sem ser de fato vista pelo possível monstro assustador.

Agora, de perto, vista do jardim da frente, a casa não parecia mais misteriosa e assustadores como os amigos de Evangeline da cidadezinha relatavam a ela. Parecia um chalé aconchegante, que chama a atenção de quem quer que passasse por ali.

E se perguntasse a jovem Fox a sua opinião, ela diria que podia sentir a magia ecoando das paredes marrom-claras do chalé, e que a casa não parecia assombrada e assustadora e sim convidativa e mágica. Poderia até mesmo se ver ali, daqui alguns anos, com crianças e animais a sua volta e brincando seu príncipe encantado.

A imagem era belíssima na imaginação de Evangeline, e por um momento até mesmo se esqueceu do que fora fazer ali, só queria passar horas imaginando seu futuro, o seu próprio conto de fadas, e por algum tempo fora o que ela fez. Por algum tempo, imaginara e contemplará, em algum momento até mesmo pensou já estar vivendo seu sonho acordada.

E fora neste momento, nesse exato momento, quando sua mente quase acreditava no pequeno romance e final feliz, o qual Evangeline acordou e percebeu algo estranho. O cheiro forte de magia passou novamente por seu olfato, e desta vez, ela não se entregou a ele, não deixará-o passar por seus sentidos.

E então, o conto de fadas acabara, seu sonho acordado terminará, e a casa encantada voltará a ser cinza e sem graça, quase como se tudo não passará de uma fantasia, um faz de conta que acontece.

O que era belo, transformará-se em feio.

O que era fantástico, transformará-se em comum.

E o que era extraordinário, transformará-se em ordinário.