kc + brett: surprise 🩷

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Brett

Estico meu braço para o lado procurando por K.C na cama, mas ela não está mais ali, provavelmente deve ter ido ver se Sophie, nossa filha estava bem ou fazer qualquer coisa que alguém amante das horas mais cedo do dia pode fazer, além de virar para o outro lado da cama e dormir.

O bom de ter uma esposa que levanta junto com o sol, é que posso dormir tranquilo pela manhã, sabendo que ela vai ficar de olho em Sophie, o ruim é levantar quase todos os dias e achar seu lado da cama vazio, como ho... Minha mão para ao sentir uma textura diferente da do lençol.

Era áspero, e fino, como papel. Me levanto rapidamente e meu coração quase sai pela boca, porque KC deixaria um envelope, será que algo ruim teria acontecido, não, ela teria me acordado, e se alguém tivesse entrado aqui, eu teria acordado. Posso gostar de dormir, mas meu sono é leve o suficiente para acordar com qualquer outra pessoa dentro do quarto que não seja KC e Sophie.

Pego o envelope de papel, e o abro rapidamente, curioso para saber o que havia dentro dele. Um pouco mais calmo, tendo quase certeza que nada de ruim estava acontecendo, pelo menos nada que KC não pudesse resolver, e olha que ela dava conta de muita coisa sozinha.

Tiro de dentro dele uma cartinha e meu coração se enche de alivio e amor ao ver a letra da minha esposa e da nossa garotinha na carta, e ler as suas palavras no bilhete dentro do envelope.


[<🩷>]

Desço as escadas, depois do que foram cinco minutos para levantar da cama, me trocar e escovar meus dentes bem escovados e evitar minha própria filha comentando que havia alguma coisa em meu dente, assim como sua mãe fazia, só que só depois que eu comia. Sophie era a KC escrita, uma criança doce, inteligente, um pouco sarcástica e com pensamentos rápidos o bastante para ver que essa criança no futuro seria um gênio, como KC.

E além de tudo isso, ela era a minha princesinha, a minha garotinha, que com um olhinho de gato de botas e um sorrisinho fofo, me faria mover o mundo para conseguir o que ela queria. Outra característica herdada de KC, as duas sabiam exatamente como me pedir as coisas e eu fazia com um sorriso enorme no rosto, porque amava vê-las felizes.

Chego no último degrau e consigo ouvir uma risadinha de Sophie, vindo de trás do sofá, mas não vou até ela, pois as setas coladas por toda a escada me dizem para ir até a mesa de jantar e que lá as duas me encontrariam. Atravesso a porta da sala de estar para a sala de jantar, e encontro uma caixa branca com um laço roxo em cima da mesa.

Meus dedos percorrem a caixa e retiro o laço, para abrir a caixa. Dentro da caixa, ela está cheia de papel branco e mais um bilhete assinado por KC e princesa Sophie.

Faço como foi pedido e as chamo, Sophie pula pelo sofá e vem correndo para os meus braços, enquanto KC anda devagar até nós reclamando que suas costas doíam. Dou um beijinho no nariz da mais nova, no meu colo, que sacode a cabeça rindo da minha atitude, enquanto que dou um selinho em KC, e faço um pouquinho de massagem em suas costas.

- Bom dia, papai!

- Bom dia, Brett!

- Bom dia, amores da minha vida. - cumprimento de volta.

Seus olhares cúmplices me fazem desconfiar bastante do que está escondido na caixa, pode ser algo muito bom, como ingressos para o aquário que Sophie vinha pedindo há semanas, ou as duas podem ter produzido uma bombinha de farinha caseira e estavam só esperando para eu abrir e ficar coberto de farinha.

Não consigo decidir entre as duas, afinal, eram duas opções muito boas e totalmente a cara das duas. E o pior de tudo, independente do que estivesse naquela caixa, eu ficaria feliz em abrir, se fosse os ingressos, ficaria feliz em passar um tempo com elas, em um lugar diferente, se fosse  a bombinha, ficaria feliz porque minha filha tinha aprendido ciência e cálculos enquanto brincava. Como eu poderia ficar bravo?

- Pronto, Papai? - Sophie pergunta.

- Sabe que se for uma bombinha de farinha você vai se sujar também, né espertinha? - ela esconde a cabeça em meu ombro, gargalhando.

- É muito melhor, papai.

- E olha que para ela estar dizendo que é muito melhor que uma bombinha de farinha, a coisa é boa hein. - KC brincou, afastando os cabelos de Sophie do meu ombro e deitando sua cabeça ali. - Abre, amor, prometo que não tem farinha desta vez.

Sigo o que KC disse, e tiro o papel branco por cima e nada no mundo poderia me preparar para o que estava dentro da caixa, uma roupinha amarela escrita BEBÊ #2, um teste de gravidez positivo, e dois sapatinhos um rosa e um azul amarrados com um ponto de interrogação. Olho para as duas, um sorriso do tamanho do mundo, e meu coração palpitando, feliz, alegre, extasiado.

- Não fala nada ainda, calma.

KC tira Sophie dos meus braços e a coloca no chão, para em seguida as duas abrirem seus casacos, um rosa e um azul, para mostrarem as suas camisetas, a de KC estava escrita MAMÃE DE SEGUNDA VIAGEM, e a da Sophie estava escrita PROMOVIDA A IRMÃ MAIS VELHA.

- Ela queria muito essas camisetas. - KC justifica, apontando para Sophie, que deve ter implorado para a KC usar uma camiseta daquelas junto com ela.

- Você está grávida! - eu finalmente falo, surpresa e alegria percorrendo todo o meu corpo.

- Surpresa!!

E mal posso acreditar que mais uma vez teríamos um bebezinho, que mais uma vez tivemos a benção de sermos pais, e que mais uma vez eu poderia dizer a KC o quão bonita ela ficava grávida. Mal posso acreditar que seriamos papais de segunda viagem e que estávamos gerando uma vida juntos, mais uma.

Me ajoelho no chão, e pego Sophie no colo, e beijo sua bochecha, para logo em seguida a erguer, e beijar a testa de KC, nos aproximando em um abraço.

- Eu amo muito vocês.

21 contos, antes dos meus 21 anos!Onde histórias criam vida. Descubra agora